Diário do Brasil ***Patrícia Moraes Carvalho |
Há uma cultura progressista já consolidada na qual policial bom é aquele que é usado como saco de pancadas e alvo pelo delinquente e, mesmo assim, age demonstrando extrema delicadeza e “consciência social” ao dominar o agressor.
Essa exigência absurda de que o policial deve ser uma máquina sem sentimentos e dignidade, que deve ouvir todo tipo de ofensa e sofrer agressões sem reagir, é uma das grandes vitórias da criminalidade esquerdista dentro das sociedades livres.
Há muitas pessoas de boa-fé que realmente acreditam nesse absurdo que contraria toda a lógica e toda a filosofia jurídica, além de atropelar o próprio senso comum de autodefesa.
É o comportamento de rato tornado imperativo categórico da nova “civilização” progressista.
Um imperativo categórico é aquilo que os cidadãos são convencidos a fazer acreditando que estão seguindo princípios morais e éticos que são para o bem de todos.
O imperativo categórico vendido pelos esquerdistas é este: “Policial vale menos do que bandido.
Ao primeiro [o policial], nada, ao segundo [o badido], tudo”.
É dentro desse espírito que existe no Brasil a excrescência da Audiência de Custódia, na qual o policial é proibido de falar e o bandido é tratado como uma vítima da sociedade opressora e capitalista.
Infelizmente, a mensagem que a sociedade martela na mente do policial é esta: “Tome muito cuidado, porque se você tratar o bandido com rigor e sem dó, nós vamos destruir sua vida e sua carreira”.
Essa “sociedade” é composta por partidos políticos de esquerda, juízes e advogados de esquerda, jornalistas de esquerda e militantes de esquerda.
Evidentemente, há policiais criminosos e psicopatas, os quais devem ser combatidos.
Porém, no geral, a instituição policial e seus membros são heróis, defendendo os cidadãos em situações em que a maioria sairia correndo; como, aliás, de fato fazem em qualquer situação de perigo.
O policial é a última barreira entre cidadãos desarmados e os criminosos que não veem a hora de “fazer justiça social”.
É icônica a imagem no Rio de Janeiro da gangue de delinquentes esquerdistas cercando, feito hienas, um jovem pacífico e sozinho, que começou a ser linchado, e só foi salvo porque os criminosos correram ao ver a aproximação da polícia.
Quem deseja ver a punição da minoria policial que age como bandidos, é um cidadão decente.
Porém, quem usa essa minoria como desculpa para demonizar todos os policiais e a corporação em si, é um verme a serviço da destruição da própria sociedade que o protege.