Por conta da pandemia, Cuiabá e outros municípios ficarão sem a festa que marca a passagem de ano
A vacinação contra a Covid-19 ainda não tem previsão para começar no Brasil, e os casos da doença voltaram a crescer nos últimos meses, aumentando a preocupação sobre uma possível segunda onda.
Por isso, festas de Réveillon estão sendo canceladas por produtores de eventos e em algumas cidades de Mato Grosso.
É o caso da Prefeitura de Cuiabá, que não realizará a comemoração de virada de 2020 para 2021. Por conta da pandemia, a Capital ficará sem a celebração pública que marca a passagem de ano.
Entre os espaços que cancelaram a celebração estão o “Conquista” e o “Buffet Leila Malouf”.
“Com o aumento dos casos do novo coronavírus, a segunda onda da pandemia já é considerada ativa. Com isso, seguindo orientações do Ministério da Saúde e visando a integridade física dos nossos clientes, optamos por não realizar o Réveillon mais charmoso de Cuiabá, o Réveillon Leila Malouf”, informam os organizadores, por meio de nota.
As pessoas que já adquiriram o ingresso devem entrar em contato para ressarcimento.
A decisão foi aprovada pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
“Causou-me admiração a atitude do Buffet Leila Malouf, que é um dos mais tradicionais de Cuiabá, de cancelar a festa de Revéillon, em virtude do risco de proliferação do novo coronavírus, pensando na saúde de seus funcionários e clientes e diante de uma possível segunda onda da pandemia. Uma postura que merece ser enaltecida e elogiada e servir de inspiração para todo o setor de eventos e toda a população cuiabana”, disse Emanuel, em artigo intitulado “Uma atitude de esperança e reflexão”.
O prefeito lembra que “muita gente está se preparando para celebrar a vida com seus familiares e amigos, o que é merecido, diante de tantas batalhas que enfrentamos ao longo de 2020”.
Contudo, ele segue lembrando que “muitas famílias ainda não estão em clima de comemoração, seja pela perda de um familiar ou amigo, ou porque tem um ente querido ainda internado com a Covid-19 ou outra enfermidade ou até mesmo porque estará, na noite de Natal ou do Ano Novo, na linha de frente ao combate a esta terrível doença, que avassalou tantas vidas e mexeu com as estruturas de todo o mundo”.
Além de Cuiabá, outros municípios mato-grossenses também decidiram não realizar a festa de virada do ano.
Entre eles, estão Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Matupá e Colíder.
Algumas cidades ainda analisam a possibilidade de queima de fogos.
DADOS – Faltando três dias para o fim de 2020, Mato Grosso ultrapassou a marca de 177.293 casos confirmados e 4.468 óbitos em decorrência da Covid-19, doença causada pelo coronavírus e que vem infectando e causando vítimas fatais desde março deste ano nos 141 municípios mato-grossenses.
Do total de infectados, 4.793 pessoas estão em isolamento domiciliar e 167.368 estão recuperadas.
Os dados da Secretaria de Estado de Saúde, da última segunda-feira (28), apontam ainda para 195 internações em UTIs públicas e 194 em enfermarias públicas, ambos os serviços disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A taxa taxa de ocupação está em 48,39% para UTIs adulto e em 22% para enfermarias adulto.
Vale lembrar que os números são atualizados diariamente pelas autoridades públicas sempre ao fim da tarde.
Dentre os dez municípios com maior número de casos de Covid-19 estão: Cuiabá (40.040), Rondonópolis (12.830), Várzea Grande (12.418), Sinop (9.721), Sorriso (7.825), Tangará da Serra (7.404), Lucas do Rio Verde (7.401), Primavera do Leste (5.688), Cáceres (3.869) e Nova Mutum (3.680).
A melhor maneira de prevenir a infecção é evitar ser exposto ao vírus.
Entre os cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo vírus.
Entre as medidas estão lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos e se não houver água e sabão, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
Também deve-se evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas, evitar contato próximo com pessoas doentes; cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo; e limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
ComDiáriodeCuiabá