A comissão interna formada por um senador e dez servidores que deveria fiscalizar as contas bancárias mantidas em sigilo pelo Senado é integrada por funcionários que não mais pertencem aos quadros da Casa e até por um servidor morto em 2005. O grupo de controle das contas não se reúne há pelo menos cinco anos, segundo o jornal Folha de S.Paulo.
Na edição de domingo do jornal, uma reportagem aponta a existência de três contas bancárias (duas na Caixa Econômica Federal e uma no Banco do Brasil) que têm saldo de R$ 160 milhões e são movimentadas constantemente – somente neste ano, já foram sacados R$ 6 milhões.
O Conselho de Supervisão do Sistema Integrado de Saúde (SIS) foi criado para analisar as movimentações de três contas, criadas para gerir as contribuições mensais dos funcionários que aderiram ao plano de saúde do Senado. No entanto, segundo a Folha, essa tarefa coube exclusivamente ao ex-diretor-geral Agaciel Maia.
O ex-diretor-geral Alexandre Lima Gazineo, que consta como integrante do conselho disse que nunca participou de qualquer reunião do grupo. O nome de Celso Aparecido Rodrigues, diretor financeiro do Senado, também consta como integrante do conselho. Ele foi designado em agosto de 2003 e morreu dois anos depois.
A comissão, a quem caberia cuidar do controle das contas, ainda tem a mesma composição de 2003. No papel, é presidida pelo senador Romeu Tuma (PTB-SP), que foi designado na condição de primeiro-secretário do Senado, cargo que não ocupa desde 2004.
Entre as medidas anunciadas ontem pelo diretor-geral do Senado, Haroldo Tajra, está a definição de um novo presidente do conselho e a indicação dos demais membros, que serão escolhidos na próxima reunião da Comissão Diretora do Senado, sem data marcada.
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