Comitiva de parlamentares e autoridades mostraram a importância do contorno rodoviária para a integração logística
A Rodovia dos Imigrantes, que liga o Trevo do Lagarto, em Várzea Grande, até o Distrito Industrial, na Capital, será duplicada pela Nova Rota, sucessora da empresa Rota do Oeste, que detinha a concessão da BR-163. A garantia foi dada ao senador Jayme Campos (União-MT) pelo diretor-geral Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Rafael Vitale Rodrigues.
Jayme liderou uma comitiva de parlamentares e autoridades para debater na agência a necessidade de que a duplicação seja colocada como prioridade e recebeu a confirmação de que a obra, de fato, integra o pacote de responsabilidades da nova concessionária, constituída com a aquisição do controle acionário pela MTPar.
Integraram a comitiva o deputado federal Coronel Assis, os deputados estaduais Júlio Campos (UB) e Fabinho Tardin (PSB), o presidente da Câmara de Várzea Grande, Pedro Paulo Tolares (UB), as vereadoras Gisa Barros (UB) e Rosy Prado (UB), o vereador Professor Vitamina (Republicanos); o vereador Luís Cláudio (Progressistas), de Cuiabá; e os secretários de Desenvolvimento Econômico de Cuiabá, Francisco Vuolo, e, de Governo de Várzea Grande, Ismael Alves.
A dúvida sobre a duplicação foi criada com as declarações do presidente do Conselho Deliberativo da Nova Rota do Oeste, Cidinho Santos, alegando alto custo das desapropriações e novo caráter urbano do local. Dias depois, após reação da classe política e empresarial, voltou atrás e assegurou que seguiria as determinações da ANTT.
Considerado um dos principais articuladores em Brasília para mudança do controle acionário da concessão, Jayme Campos observou que a duplicação se transformou em ‘grande clamor popular’. Ele enfatizou que a rodovia está próxima de estrangulamento pela abundância de fluxo de veículos pesados: são mais de 20 mil carretas que trafegam diariamente pela Imigrantes.
“Está se transformando num ‘trecho da morte’. Todas as semanas morrem uma, duas pessoas ali” – salientou Campos. Ele observou ao diretor-presidente da ANTT que ao longo dos 28 quilômetros desse contorno estão instalados em torno de 400 grandes empreendimentos comerciais – o que está a exigir uma atualização do projeto de duplicação.
Chamado de ‘Pai da Imigrantes’ por projetar e implantar o contorno durante o seu Governo, o deputado Júlio Campos frisou que “uma concessão de milhares de quilômetros não pode ter 28 quilômetros de ‘gargalo’ logístico” e que a quantidade de obras necessárias representa quase nada comparado aos benefícios. Fabinho Tardin salientou, por sua vez, que as condições são tão precárias que hoje se leva 40 minutos para fazer a travessia do contorno.
O secretário Francisco Vuolo, inclusive, fez uma explanação da importância do contorno para integração logística, já que ele abrange a principal via de escoamento da produção, a BR-163, até o Distrito Industrial da Cuiabá. Além da BR-163/070, o DI de Cuiabá deverá ser contemplado no futuro com a chegada dos trilhos da Ferronorte.
Rafael Vitale Rodrigues, ao assegurar que o contorno faz parte da concessão, observou que todos as obras previstas no contrato foram escalonadas por um período de 8 anos, a partir da substituição do controle acionário. Nesse caso, caberá a Nova Rota definir as obras que serão prioridades. O dirigente da ANTT defendeu também uma atualização do projeto da Imigrantes para contemplar necessidades que não previstas no planejamento anterior.