O jornalista José Marcondes Muvuca (PHS) teve sua candidatura homologada ao governo do Estado de Mato Grosso na manhã desta segunda-feira (30). Para vice do jornalista foi escolhido o empresário do ramo farmacêutico, Elves Marques Carvalho (PTN), o “Elves da Farmácia”. A coligação é apenas entre os dois partidos, tendo o ex-vereador por Diamantino, Amorézio Dias Vidrago (PHS), lançado ao Senado. Muvuca foi o primeiro a lançar a sua pré-candidatura e, durante a convenção, afirmou que lutará por uma vida mais humanista para a população mato-grossense.
Em suas falas, o candidato defendeu bandeiras como a educação e segurança, afirmando que o salário recebido por professores e policiais é vergonhoso e insuficiente para suprir suas nacessidades básicas, além de serem desvalorizados pela baixa remuneração.
“O salário de um professor é uma vergonha! São responsáveis pelo ensino e ganham muito mal. A polícia também, são poucos policiais para o número de habitantes, eles arriscam a vida, ganham pouco e o resultado é essa falta de segurança que vemos hoje, é praticamente impossível os policiais darem conta de tanta criminalidade”, afirmou.
Sobre a candidatura de seus adversários, Muvuca comentou que irá enfrentar a todos da mesma forma, sem fazer ataques, mas debatendo ideiais e projetos. Ele se mostrou confiante em sua vitória e, durante a convenção, fez questão de frizar suas origens.
“Essa é a história de um jovem que vendeu picolés e engraxou sapatos para sobreviver. Eu sei o que é a realidade de precisar da saúde pública e não ter acesso, porque você chega lá e a fila é imensa. Eu não tenho dinheiro para fazer campanha, mas eu tenho vontade e tenho várias pessoas, amigos, que acreditam em mim e nesse projeto e me ajudarão a levá-lo para frente”, relembrou.
A coligação não terá candidatos a deputado estadual, deixando livre para seus candidatos a deputado federal escolherem os nomes que apoiarão. Em nível nacional, o PHS está em apoio ao candidato Eduardo Campos (PSB), porém, em Mato Grosso, não fechará aliança, também permitindo que cada candidato escolha seu candidato à presidência da República.
Antes de fechar com Elves da Farmácia como seu vice, Muvuca chegou a convidar a vereadora de Guarantã do Norte, Edileuza Oliveira (PTC), para compor sua chapa majoriitária, mas o grupo ao qual seu partido pertence declarou apoio ao projeto do deputado estadual José Riva (PSD) de encabeçar a disputa pelo Palácio Paiaguás.
Enquanto discursava, Muvuca afirmou que é a novidade destas eleições. Para ele, as outras candidaturas ainda não conseguiram apresentar nada de novidade e ele seria a mudança que o Estado precisa. Uma de suas ações de campanha será, além de trabalhar o resgate social, combater a Lei Kandir (LeiComplementar nº 87/1996), que exonera o agronegócio do pagamento de impostos. Segundo o candidato, o Estado deixa de arrecadar o montante de R$ 2,5 bilhões, valor que, caso eleito, pretende investir nas áreas mais emergentes da população, como a saúde, educação e segurança.
Força política
Mesmo sem ter recursos financeiros para fazer campanha, o jornalista comparou seu desenvolvimento e crescimento nas pesquisas eleitorais feitas até o momento, ao ex-juiz federal Julier Sebastião da Silva (PMDB), que seria o candidato ao governo pela base situacionista, mas perdeu a vaga para Lúdio Cabral, por não ter conseguido despontar nas pesquisas, tendo, inclusive, Muvuca à sua frente.
Marcondes segue agora para a campanha eleitoral e promete que, nos debates eleitorais, mostrará que é o melhor nome para ocupar a sucessão de Silval Barbosa (PMDB) no governo do Estado.