A votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no plenário do Senado está marcada para quarta-feira (11). A segurança do governo do Distrito Federal está em alerta para o dia da decisão e o governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), avisou que o esquema de segurança será o mesmo que foi usado durante a sessão da Câmara.
O jornal O Globo destaca que uma das medidas será o polêmico muro de ferro que dividiu os manifestantes que acompanharam a votação no gramado da Esplanada entre 15 e 17 de abril. "(O esquema de segurança) vai se repetir. O que alguns chamaram de muro, nós estamos chamando de “corredor da democracia”, disse Rollemberg.
O governador afirmou que o muro permitiu que grupos com opiniões divergentes pudessem se manifestar livremente com total segurança. "Não tivemos um único incidente, então esperamos poder repetir isso na votação no Senado", explicou.
A publicação refere que o muro será cercado por grades, formando um corredor de um quilômetro de comprimento por 80 metros de largura. Os favoráveis à saída da presidente devem se posicionar no lado direito do Congresso; os contrários, à esquerda.
Multidão
Rollemberg avalia que a sessão do Senado atrairá menos manifestantes. O governo do DF esperava a participação de 300 mil pessoas durante a sessão da Câmara. No entanto, a Polícia Militar contabilizou 79 mil pessoas nas imediações do Congresso, sendo 53 mil a favor e 26 mil contra o impeachment.
"Tenho impressão de que vai ser menor, mas vamos usar o mesmo aparato de segurança", completou Rollemberg.
Manifestações
Renan Santos, do Movimento Brasil Livre (MBL) que é contra a presidente, disse que o movimento não está se mobilizando para acompanhar a votação.
A reportagem d'O Globo destaca que a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e a Força Sindical também não devem organizar manifestações. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MTST), contrários ao impeachment, afirmaram que ainda não há decisão sobre a participação durante a votação, mas devem promover atos em diversas cidades do país a partir desta segunda-feira.
A União Nacional dos Estudantes (UNE) pretende organizar caravanas para o dia da votação.
Além destes, a “Operação Ocupa Senado”, que é contra um eventual governo Temer, pretende organizar manifestações que reúnam caravanas de diversos pontos do país e forme um grande cerco humano ao redor do Congresso.
Por NotíciasaoMinuto