O São Paulo não teve uma grande atuação e sofreu para vencer o Atlético Nacional por 3 a 2 , nesta quarta-feira, mas ao menos levará vantagem para Medellín, na próxima semana. Foi essa, em resumo, a avaliação de Muricy Ramalho ao final da partida, no Morumbi.
"Foi um jogo duro, a gente não fez uma grande partida. Mas estamos mostrando uma coisa que é difícil de acontecer, que é a superação a todo momento. O time não se entrega. O time está no caminho certo. Quem sabe, a gente possa passar mais essa fase?", disse o treinador.
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Na quarta-feira que vem, qualquer empate basta para classificar a equipe para a semifinal da Copa Sul-americana. Derrotas por 1 a 0 ou 2 a 1, por exemplo, dão a vaga à equipe colombiana. Em comparação com a fase anterior, porém, a vantagem é maior, já que o São Paulo empatou por 1 a 1 com a Universidad Católica, em casa.
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"Não é grande, mas é uma vantagem. No outro jogo, a gente empatou em casa. É vantagem, porque o time lá vai ter que se expor um pouco mais. Aqui, eles jogaram muito no nosso erro. Até tomar o primeiro gol, não me lembro de o Rogério (Ceni) ter feito nenhuma defesa. Estava muito seguro nosso time", opinou, ao destacar a qualidade adversária.
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"Esse time é realmente bem organizado, é um time grande da Colômbia, que tem bons jogadores e já mostrou isso em vários jogos. A gente tem acompanhado esse time desde que soubemos que poderíamos cruzar com eles", elogiou.
Antes de decidir a classificação no torneio continental, o São Paulo joga novamente no sábado, contra a Portuguesa, pelo Campeonato Brasileiro, no Morumbi. O elenco se reapresenta aos trabalhos na tarde desta quinta-feira, no CT da Barra Funda.
Antônio Carlos "cai como uma luva"
O zagueiro Antônio Carlos é o xodó da vez de Muricy Ramalho no São Paulo. Autor de dois gols de cabeça na vitória por 3 a 2 sobre o Atlético Nacional, na noite de quarta-feira, ele foi elevado pelo técnico à condição de jogador diferenciado.
"Esse caiu como uma luva. Além de grande jogador, tem um perfil que a gente busca no futebol. Perfil do profissional correto, de saúde, disciplinado. Perfil que sempre tivemos aqui e é fundamental para o São Paulo. Para mim, é uma grande surpresa, porque é diferenciado", disse.
Segundo Muricy, o defensor é um dos jogadores que mais se dedicam no dia a dia, no CT da Barra Funda, e também costuma colher informações sobre adversários, algo que o goleiro e capitão Rogério Ceni faz bem. Antônio Carlos, a propósito, já usou a braçadeira em outras equipes que defendeu.
Com a camisa tricolor, o zagueiro tem 12 jogos e cinco gols – dois deles na até então última partida, antes de se machucar, no triunfo por 3 a 2 sobre o Vitória, em 5 de outubro, no Morumbi. Retrospecto que faz Muricy se lembrar dos zagueiros que tinha à disposição em sua passagem anterior pelo clube, nos times do tricampeonato brasileiro (2006, 2007 e 2008).
"Ele é desse nível. Além do nível técnico e físico, tem um nível mental diferente. Quando monta o elenco, tem que olhar essas características. São caras que têm comportamento exemplar, são exemplos positivos. O Antônio é assim. Jogador de futebol tem que ter esses detalhes, senão é mais ou menos", justificou o comandante.
Na quarta-feira, apesar dos dois gols, o camisa 4 quase comprometeu o jogo contra o Nacional. Quando o São Paulo vencia por 2 a 1 – já com um gol seu -, ele tocou mal para trás e permitiu que Duque avançasse livre até a área para empatar. Mas, aos 45 minutos do segundo tempo, ele próprio se redimiu, ao marcar seu segundo gol e decretar a vitória.
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