domingo, 22/12/2024
InícioCidadeMulheres feridas ao eliminar gordura alegam falta de atendimento em MT

Mulheres feridas ao eliminar gordura alegam falta de atendimento em MT

Mulheres que contraíram uma infecção durante tratamento para eliminar gordura à base de enzimas, em uma clínica de estética em Cuiabá, reclamam que estão sem receber o atendimento no Hospital Metropolitano de Várzea Grande, na região metropolitana da capital. Muitas precisam passar por novas cirurgias para a retirada de nódulos causados por uma micobactéria e que voltaram a aparecer, mesmo após o tratamento feito na unidade hospitalar.

Quase 60 mulheres foram contaminadas após aplicações no abdômen e nas costas, sendo que a metade teve que passar por procedimento cirúrgico pela complexidade do caso. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde (SES), o tratamento deixou de ser realizado pelo Hospital Metropolitano porque o governo não renovou o contrato.

Devido à gravidade, os procedimentos cirúrgicos, assim como o tratamento nas pacientes eram feitos, desde o último ano, pelo Centro Estadual de Referência de Média e Alta Complexidade do Estado (Cermac), do Metropolitano. Porém, a secretaria informou que avaliando a possibilidade de renovar o contrato e também estudando outra forma de realizar o atendimento às vítimas.

Ela relatou que realizou o tratamento durante oito meses e diversos hematomas estão espalhados na região abdominal e nas costas. A SES informou que apesar de não ter feito a renovação do contrato com o hospital, o medicamento usado pelas pacientes durante o tratamento podem ser adquiridos normalmente pelo SUS.Uma paciente que prefere não se identificar contou à reportagem do G1 que já retirou oito nódulos que apareceram após a aplicação das enzimas. Mas, segundo ela, três nódulos voltaram a aparecer no corpo este ano e será necessário passar por cirurgia. “Fui ao hospital e me falaram que não estavam atendendo mais. Estou com muita dor e não sei o que fazer”, frisou.

Interdição

A clínica de estética foi parcialmente interditada pela Vigilância Sanitária no dia 9 de julho de 2012 quando as pacientes começaram a denunciar os problemas. O Centro de Referência começou a atender pacientes em situação mais grave desde o dia 13 de julho, após aval do próprio governo estadual. Conforme a secretaria, elas deveriam receber tratamento de um médico infectologista pelo período de seis meses por conta das feridas e acompanhamento clínico por dois anos.

Um laudo assinado por um médico infectologista confirmou a causa da reação nas pacientes devido a uma micobactéria que se espalha rapidamente pelo organismo. Relatou ainda que infecção pode ter sido causada pela falta de esterilização dos materiais.

G1-MT

Kelly Martins

Clique AQUI, entre na comunidade de WhatsApp do Altnotícias e receba notícias em tempo real. Siga-nos nas nossas redes sociais!
Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
RELATED ARTICLES

DEIXE SEU COMENTÁRIO

Please enter your comment!
Digite seu nome aqui

Mais Visitadas

Comentários Recentes