Após afirmar nesta terça-feira que seu marido Ricardinho não atuaria mais pela seleção brasileira, Fabiane voltou atrás. Na edição desta quarta do jornal O Estado de S. Paulo, a mulher do levantador disse que foi mal-interpretada e que Ricardinho ainda não sabe o que fazer em relação ao time de Bernardinho.
De acordo com Fabiane, o marido está tirando a cidadania italiana para continuar defendendo o Modena, time com o qual tem contrato por mais cinco anos. O documento não significaria que o jogador teria objetivo de jogar pela seleção da Itália.
No final de outubro deste ano, a Federação Internacional de Voleibol (FIVB) comentou que estava estudando uma mudança na regra para atletas autarem fora de seus países de origem. Pela nova regra, as equipes poderiam ter apenas três estrangeiros e somente dois poderiam estar em quadra ao mesmo tempo. Segundo a FIVB, a mudança evitaria o êxodo de jogadores para pólos do esporte, como a Itália.
No Modena atuam, além do levantador, os brasileiros André Nascimento, André Heller, Murilo e Sidão. O benefício da cidadania italiana será estendido de Fabiane para Ricardinho. O meio-de-rede Sidão passa pelo mesmo processo.
Ricardinho ainda não sabe o que fazer em relação à seleção brasileira. Ele está afastado do time deste a véspera do Pan-americano do Rio de Janeiro, quando foi cortado pelo técnico Bernardinho. O levantador estava na lista de pré-convocados para a Copa do Mundo, mas não foi incluído no grupo final, que conquistou o bicampeonato na competição.
Bernardinho não manteve Ricardinho no grupo para o torneio do Japão porque esperava que ele demonstrasse vontade de se reconcilar e de voltar para a equipe e isso não aconteceu. Para o técnico, o levantador ainda pode voltar a defender as cores do Brasil, mas precisa se desculpar e ter uma tentativa de entendimeto com os companheiros antes.
