De acordo com especialista, apagar as luzes de cômodos vazios e evitar deixar aparelhos no modo stand by são algumas práticas que o consumidor pode adotar para reduzir o consumo de energia
Diante da expectativa de um aumento médio em todo o país de 6,58% na conta de luz, podendo chegar a mais de 10% em algumas cidades, de acordo com previsões feitas pela Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), o que o consumidor pode fazer para evitar surpresas com os valores nas contas de consumo?
Diante dessa perspectiva, é fundamental que os consumidores adotem medidas proativas para reduzir o consumo de energia e minimizar o impacto financeiro. Assim, optar por lâmpadas de LED, ter atenção à fiação elétrica e com os grandes vilões de uma casa como, por exemplo, chuveiros, torneiras elétricas, aquecedores, lavadoras de louça e alguns tipos de secadoras de roupa são alguns pontos que merecem a atenção e que podem ajudar na hora de economizar.
Segundo Paulo Oliveira, responsável pela unidade da Master House Manutenções e Reformas em Cuiabá, no Mato Grosso, a redução de gastos residenciais, por exemplo, pode ser mais visível com pequenas alterações nos ambientes e escolhas mais conscientes. Além das já conhecidas boas maneiras do cotidiano, como apagar as luzes de cômodos vazios e evitar deixar aparelhos no modo stand by, também é preciso que outras práticas sejam levadas em consideração.
“Para enfrentar esse cenário de aumento previsto nas contas de energia, os consumidores têm à disposição uma série de medidas que podem ser adotadas para reduzir significativamente o consumo. Entre os quais, estão a substituição de lâmpadas por versões mais econômicas e eficientes, a utilização de aparelhos eletrônicos com selo de eficiência energética, além do monitoramento do uso de energia durante o dia para evitar desperdícios e a implementação de práticas simples, como desligar aparelhos da tomada quando não estão em uso”, destaca Oliveira.
Além disso, o especialista também garante que as mudanças podem trazer bons resultados em médio prazo. “Investir em fontes de energia renovável e tecnologias de automação residencial podem ser uma opção para reduzir a dependência da rede elétrica convencional e otimizar o consumo de energia. Outra coisa que devemos reforçar é que uma boa instalação elétrica mantém os ambientes seguros, sem riscos de curtos e possíveis incêndios”, ressalta o responsável pela unidade da Master House Manutenções e Reformas em Cuiabá.
Confira algumas dicas:
Opte por lâmpadas de LED – Apesar de custarem um pouco mais – entre R$ 40 e R$ 120 –, são as melhores opções do mercado, pois consomem menos energia que as fluorescentes e incandescentes. Além disso, chegam a ser 12 vezes mais eficientes do que as outras, e têm uma vida útil de 50 mil horas. A redução na conta de energia no mês pode chegar a 90%.
Atenção à fiação – O que determina o consumo de um aparelho é sua potência, e não sua voltagem. Aparelhos 220V são fabricados para que haja economia nas instalações onde os mesmos serão ligados. Para uma mesma potência, um aparelho 127V necessita de cabos de maior bitola (dimensão), devido às correntes que passam por eles serem maiores. Consequentemente, os disjuntores precisarão também ser de maior corrente, gerando mais custos.
Só para os vilões da energia – Chuveiros, torneiras elétricas, aquecedores, lavadoras de louça e alguns tipos de secadoras de roupa devem possuir circuito exclusivo, assim como o circuito de iluminação. Além de trazer economia, quando for necessária uma manutenção em outros circuitos a iluminação poderá permanecer ligada.
Faça as contas – Dimensione o quadro de distribuição, circuitos e os conduítes prevendo futuras ampliações, evitando assim gastos futuros. Se possível, equilibre as cargas entre as fases, isto é, a soma das potências ligadas a uma fase deve ser igual a soma das potências da outra fase.