Observando os obstáculos encontrados pelos pacientes que necessitam de transplante de medula óssea, o deputado Dilceu Dal´Bosco (DEM) propôs o Programa Estadual de Incentivo à Doação de Medula Óssea e de Sangue do Cordão Umbilical. “Através da aprovação desta lei, teremos a oportunidade de divulgar para toda a população mato-grossense a importância de se tornar um doador de medula óssea. É uma maneira de aumentar as chances de cura para os portadores de leucemia e demais doenças do sangue”, explicou o parlamentar.
Dados do Ministério da Saúde comprovam que atualmente, o Brasil soma 2,5 mil indicações anuais para transplante de medula óssea, das quais 1,5 mil não encontram um doador com laços de parentesco e compatibilidade genética. Além disso, os profissionais da medicina alertam que, qualquer pessoa em bom estado de saúde, com idade entre 18 e 55 anos pode tornar-se doadora.
Na proposta, Dilceu destaca que a medula óssea é retirada do interior de ossos da bacia com punções de um estilete cirúrgico específico para a função. Os médicos do Ministério da Saúde confirmam que depois de 15 dias o doador adquire total recomposição de sua medula. Especialistas ainda chamam a atenção à importância do sangue do cordão umbilical, do recém-nascido, que é rico em células-tronco, capazes de se diferenciar nos diversos tipos de células do sangue. O material pode ser usado nas terapias que antes exigiam o transplante da medula óssea.
Dilceu Dal´Bosco informou que a intenção é adquirir um lugar específico para as instalações de um Banco de Doadores de Medula Óssea e do sangue do cordão umbilical e placentário no Estado. “O banco de dados terá a função de cadastrar as pessoas dispostas a doar o material para o transplante. No surgimento de um paciente, o cadastro será consultado. Se encontrado um doador compatível, ele será convidado à fazer a doação”, informou.
O legislador ainda ressaltou que a instalação de bancos de doadores permitem ampliar em quase o dobro, as chances de se encontrar um doador compatível, permitindo que mais pacientes tenham acesso ao transplante que, em alguns casos, é a única opção terapêutica para se obter a cura.