sábado, 05/10/2024
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MT tem 2º maior índice

Mato Grosso apresenta na variação anual a segunda maior alta do país no índice de devoluções de cheques sem fundo: 156,72%. O percentual leva em consideração a evolução dos números apurados pela Telecheque — empresa de concessão de crédito ao varejo — que registrou em julho deste ano 3,44% de cheques devolvidos contra 1,34% em igual período do ano passado. Na comparação mês a mês, a alta é de 52,89%, confrontando os percentuais do mês passado com o incremento de 2,25% em junho.

No ranking nacional, a liderança nas devoluções é do Rio Grande do Norte, com alta anual acima de 280%.

O estudo divulgado ontem pela revela que na comparação anual o índice de cheques sem fundos cresceu em 15 estados brasileiros entre os 19 pesquisados pela Telecheque. Além do Rio Grande do Norte e de Mato Grosso, o Maranhão também registra alta significativa de 90,50%.

Na média nacional a comparação dos dados de julho de 2006 com julho de 2005 revela incremento de 15,04% no volume de devoluções da ordem de pagamento por falta de saldo.

Para o vice-presidente da Telecheque, José Antônio Praxedes Neto, conjuntura econômica local de alguns estados influencia os índices de inadimplência. “Em alguns lugares o incentivo e a falta de preparo para o uso do crédito dificultam o aprendizado do consumidor, que acaba se endividando demasiadamente”, explica.

Praxedes destaca que o aumento significativo destes três estados está relacionado à economia das regiões. “A região Centro-Oeste, por exemplo, que tem como uma das principais atividades o agronegócio, tem passado por um período delicado na sua atividade econômica por causa da crise na agropecuária e pela queda do dólar, que afetou as exportações de grãos e demais produtos do agronegócio. Isso reflete no índice de inadimplência dos consumidores locais”, comenta Praxedes.

MATO GROSSO — O presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio de Tecidos, Confecções e Armarinhos (Sincotec), Roberto Peron, confirma a alta apurada pela Telecheque, mas não mensura números e nem percentuais. “O que temos como base são os relatos dos próprios empresários que confirmam a alta no volume de cheques sem fundo no comércio”. De maneira geral, Peron aponta que o valor devolvido é de cerca de R$ 100 a R$ 120 por folha.

Para o dirigente a explicação por este desempenho vem da crise econômica estadual originada pelas dificuldades no agronegócio, há dois anos seguidos. “É uma bolha que tem início no campo e estoura na cidade. Aliada às dificuldades do Estado, há a política macroeconômica de juros altos e o acesso facilitado ao crédito que faz os índices de inadimplência aumentaram. Um claro exemplo disso são os aposentados”, garante. Peron observa que existe ainda pouco ou nenhum planejamento dos consumidores. “Geralmente todo o orçamento é comprometido com compras e prestações, em uma eventualidade, como doenças ou mesmo o conserto do carro, as pessoas acabam se tornando inadimplentes”. Ele revela que os picos de devoluções ocorrem justamente durante os melhores períodos de vendas.

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Parmenas Alt
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