Mato Grosso sediará o 2º Congresso Brasileiro de Produção de Peixes Nativos de Água Doce e o 1º Encontro Mato-grossense de Aquicultura de 25 a 28 de agosto, no Centro de Eventos do Pantanal. O evento é realizado pelo Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder) e a Associação de Aquicultores de Mato Grosso (Aquamat), com promoção da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca da Presidência da República (Seap), Sociedade Brasileira de Aquicultura e Biologia Aquática (Aquabio), Embrapa, Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O secretário Neldo Egon Weirich é o presidente de honra do congresso.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a aquicultura brasileira registrou crescimento superior a média mundial, passando de 20,5 mil toneladas em 1990 para 270 mil toneladas em 2004. No ranking da América do Sul, o Brasil é o segundo país em importância na produção aquícola, ficando atrás do Chile.
Mato Grosso está em primeiro lugar na produção de peixe nativo de água doce e o quinto na produção total da aquicultura. São produzidas anualmente cerca de 16.627 toneladas de peixe, com destaque para a criação de pacu, tambacu e tambaqui. O Estado detém 51,8% da fatia da aquicultura na região Centro-Oeste e 6,2% do mercado nacional.
A aquicultura brasileira é praticada em todas as regiões, principalmente a piscicultura (cultivo de peixes), carcinicultura (cultivo de camarões), malacocultura (cultivo de moluscos, ostras e mexilhões), ranicultura (cultivo de rãs) e crocodilicultura (criação de jacarés). A piscicultura de água doce respondeu por uma produção de aproximadamente 180 mil toneladas, correspondendo a 67% da produção total da aquicultura e 66% (US$ 640 milhões) da receita gerada.
Uma das características da piscicultura brasileira é a grande variedade das espécies, são mais de 30, com os mais variados hábitos alimentares e ambientes de vida. Dentre as espécies nativas, a produção de peixes redondos (pacu, tambacu e tambaqui) aparece com maior importância, embora outras espécies, como os grandes bagres brasileiros (pintado e outros surubins), o dourado e os brycons (matrinxã, piracanjuba, piraputanga) comecem a despertar o interesse de criadores não apenas pelo seu valor para a pesca esportiva como também pela facilidade de comercialização.
CONGRESSO – Os principais objetivos do evento é reunir, discutir e divulgar informações e novas tecnologias sobre os aspectos inerentes à piscicultura, atualizar conhecimentos, promover debates sobre problemas e dificuldades técnicas, econômicas e políticas da piscicultura nas diferentes regiões produtoras do país. Além disso, pretende levantar demandas para a pesquisa científica, divulgar pesquisas realizadas no cultivo de espécies de peixes nativos de água doce dando maior visibilidade a este setor da piscicultura e, promover a interação entre pesquisadores e produtores de estados brasileiros.
SECOM