Mato Grosso precisa criar mais 83 mil vagas no Ensino Superior até
2011 para se adequar às exigências do Ministério da Educação (MEC),
que projeta ter, até essa data, 30% dos jovens brasileiros de 18 a 24
anos matriculados no 3º grau. Hoje, Mato Grosso tem cerca de 30 mil
alunos (pouco mais de 8%) nessa faixa etária matriculados nas
faculdades e universidades do Estado e ocupa o último lugar, da região
Centro-Oeste, em número de matrículas. A informação é do reitor da
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Paulo Speller, e foi
divulgada nesta quarta-feira (19) durante reunião ordinária da
Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto da
Assembléia Legislativa. O vice-líder do governo e membro da comissão,
deputado Alexandre Cesar (PT), destacou que, além da inclusão, é
preciso também se preocupar com a qualidade do ensino oferecido no
Estado.
Paulo Speller concordou que não basta incrementar as estatísticas, mas
que é preciso investir na educação superior de qualidade, papel que
cabe, segundo ele, ao governo federal. Speller elogiou o programa do
governo federal Universidade para Todos, o ProUni, que considera um
avanço, e destacou o esforço do ministro da Educação, Fernando Haddad,
que trabalha no convencimento da equipe financeira do governo para
aumentar o orçamento da Educação, que triplicou durante o governo
Lula, enquanto vinha sendo reduzido sistematicamente no governo
anterior.
A meta de aumentar gradualmente a inclusão dos jovens no ensino
superior está contida no Programa de Apoio a Planos de Reestruturação
e Expansão das Universidades Federais, o Reuni, que vai investir R$
6,9 bilhões nas instituições de todo o país. Um dos objetivos do Reuni
é dotar as universidades federais das condições necessárias para
ampliação do acesso e permanência na educação superior, dentro do
Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).
Números divulgados durante a sessão desta quarta-feira mostra que,
embora a educação superior particular venha crescendo a cada ano, a
educação pública continua mostrando a sua força, já que está presente
em quase todas as microrregiões do Estado, busca atender as demandas
dessas regiões e não possui vagas ociosas. O Censo da Educação
Superior em Mato Grosso traz dados de 1991 a 2005.