O empresário Silas Caetano de Farias, 72 anos, acusado de mandar matar o próprio filho em 2004, será levado a júri popular no próximo dia 30 de novembro em Cuiabá (MT). Além deste crime, o homem ainda é o principal suspeito do assassinato de outros dois filhos e da tentativa de homicídio de um quarto, que sobreviveu após receber sete tiros e denunciou o pai.
O julgamento do próximo mês tratará do assassinato de Marcelo Dias dos Santos, executado em frente ao seu lava-jato no dia 14 de março de 2004, no bairro Araés, em Cuiabá. De acordo com a denúncia do Ministério Público, a vítima foi alvejada por disparos efetuados por um pistoleiro quando falava ao celular. Atingido no tórax, Marcelo chegou a pedir ajuda a sua companheira, que estava na casa que fica em frente ao estabelecimento comercial, quando o pistoleiro se aproximou e efetuou mais um tiro, dessa vez na cabeça, fatal.
Na denúncia, o MP reforça que o crime foi praticado por motivo torpe e utilizando-se de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Segundo o órgão, Silas culpava o filho por um assalto que teria sofrido quando saía de casa para depositar R$ 20 mil, dinheiro proveniente da venda de um veículo feita pela vítima no lava-jato. O pai teve o valor roubado antes de chegar ao banco e passou a acusar a vítima de ser a responsável pelo assalto, iniciando uma série de ameaças.
Ainda segundo o Ministério Público, Silas é autor do homicídio de outros filhos, também executados por pistoleiros. As vítimas foram mortas, conforme o MP, porque sabiam dos negócios escusos feitos pelo pai, e também porque sabiam que a morte de Marcelo foi encomendada por Silas.
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