quinta-feira, 07/11/2024
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MT deve registrar a maior retração da nova safra entre os grandes produtores brasileiros

De acordo com a Conab, as estimativas são influenciadas

Diferente do saldo recorde da safra 2022/23Mato Grosso deve contabilizar uma oferta menor nessa nova temporada. A estimativa do 1º Levantamento da Safra de Grãos 2023/24, divulgado ontem (10), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), projeta produção de 93,57 milhões de toneladas (t), volume 7,3% inferior as mais de 100,98 milhões t do ciclo anterior.

Se os dados se consolidarem, Mato Grosso – que vai seguir como o maior produtor nacional de grãos e fibra pelo 13º consecutivo – vai registrar o maior recuo anual entre os maiores produtores brasileiros. Aliás, as projeções de safra menor atingem boa parte do País, inclusive com estimativa de retração de 1,5% para a oferta nacional da safra 2023/24.

Todas as três principais culturas de Mato Grosso – soja, milho e algodão – têm perspectivas de queda anual, sendo a maior delas ao milho: -11,5%. O cereal foi o campeão de produção e de produtividade na safra anterior, alicerçando o recorde mato-grossense.

Ainda que haja perdas de uma safra para outra – cerca de 8 milhões t a menos – Mato Grosso será responsável, sozinho, por quase um terço da oferta nacional, com participação de 29% na safra brasileira 2023/24.

De acordo com a Conab, as estimativas são influenciadas pela perspectiva inicial de diminuição na produtividade média. “Ao que as projeções apontam, teremos, pelo menos, a segunda maior safra da história do Brasil. É preciso acompanhar o desenvolvimento das culturas e os ajustes que realizaremos ao longo da temporada, que podem fazer com que a produção desta safra supere inclusive a da safra passada. No entanto, mesmo que não seja um novo recorde, temos a expectativa de uma boa colheita”, afirma o presidente da Conab, Edegar Pretto.

CULTURAS – Para Mato Grosso, com exceção da soja, cuja área plantada apresenta crescimento singelo de 1,7%, no milho e no algodão a superfície encolhe, porém, em proporção menor do que a estimativa de redução na oferta.

No milho segunda safra, sensação do ciclo passado, a Conab projeta área 4,9% menor, saindo de 7,36 milhões de hectares (ha) para 7 milhões. Em relação à oferta, o milho deve render cerca de 44,89 milhões, 11,5% a menor em relação as mais de 50,7 milhões t da safra 2022/23. Ainda que haja uma projeção mais negativa, o milho deverá superar a oferta da soja no Estado, segundo a Companhia.

soja deve somar 44,34 milhões t. Se confirmado o volume, será 2,7% menor do que a safra passada quando foram colhidas 45,60 milhões t. A área plantada cresce 1,7%, chegando a inéditos 12,29 milhões ha.

Em relação ao algodão, a colheita da pluma deverá somar 2,08 milhões t, -7,3% em relação ao saldo anterior em 2,25 milhões t. A área cultivada encolhe 1,5%, saindo de 1,20 milhão ha para 1,19 milhão.

Lei também: Altas temperaturas e poucas chuvas impactam no ritmo de plantio da nova safra de soja

BRASIL – A safra brasileira de grãos no ciclo 2023/24 poderá chegar a uma produção de 317,5 milhões t. Tal estimativa sinaliza um ligeiro decréscimo em comparação à temporada passada: -1,5%. Já a área total semeada, que deverá ultrapassar os 78 milhões de hectares.

Entre as principais culturas acompanhadas, o arroz, apresenta, inicialmente, estimativa de incremento, tanto na área plantada, quanto na produtividade média, resultando em uma expectativa de produção na ordem de 10,8 milhões de toneladas, o que representa incremento de 7,7% em comparação ao volume colhido na safra 2022/23.

Assim como no caso do arroz, a Conab também prevê uma recuperação de área para o feijão, podendo atingir 2,78 milhões de hectares, somando-se os três períodos de cultivo dentro do ano-safra. A expectativa para a produção total da cultura é de 3,1 milhões t, crescimento de 0,8% em relação à temporada anterior caso o resultado se confirme ao final dos 3 ciclos.

Para a soja, principal grão cultivado no país, as estimativas são de crescimento tanto na área como na produtividade, mas em uma velocidade menor que o registrado no último ano-safra. Com uma área prevista de 45,18 milhões t e uma produtividade média inicial estimada em 3.586 quilos por hectare, a produção deve alcançar um pouco mais de 162 milhões t. Se confirmado o resultado, o volume a ser colhido será um novo recorde para a cultura. O plantio da oleaginosa segue um bom ritmo no Paraná, com 20% da área já semeada. Em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul o percentual de área cultivada atinge 19,1% e 8% respectivamente.

Cenário oposto é previsto para o milho se considerarmos as três safras do grão. As estimativas apontam para uma redução de 4,8% na área plantada, projetada em 21,19 milhões ha, e de 4,9% na produtividade média, chegando a 5.636 quilos por hectare. O cultivo do cereal no primeiro ciclo já teve início nos três estados da região Sul do país. Diante deste panorama, a produção total esperada para o cereal na safra 2023/24 é de 119,4 milhões t frente às mais de 130 milhões t colhidas no ciclo passado.

Para o algodão, a primeira previsão indica crescimento de 2,9% na área a ser semeada da fibra, totalizando 1,71 milhão de hectares, e estimativa de uma produção de pluma em 3 milhões de toneladas.

RedaçaoMTEconômico

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Parmenas Alt
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