quinta-feira, 07/11/2024
InícioAgronegócioMST desencadeia hoje protestos em todo o país;

MST desencadeia hoje protestos em todo o país;

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) inicia vigília, hoje por tempo indeterminado, em frente ao prédio da
Receita Federal, próximo ao Centro Político Administrativo, na avenida do
CPA, em Cuiabá.

Já chegaram em ônibus 300 sem terra vindos de acampamentos e assentamentos
coordenados pelo MST.

Esta vigília é parte de um endurecimento nacional do Movimento, que retoma
atos, protestos, caminhadas e ocupações de prédios federais e de terras, em
todo o país, de uma forma mais sistemática, para cobrar reforma agrária.

Em todo o país, o MST faz hoje a ocupação de prédios federais e de terras,
além de outros enfrentamentos.

Em Mato Grosso, além da vigília, o Movimento já trancou a BR-163 na altura
do quilômetro 890, impedindo o tráfego entre Itaúbas e Sinop.

O Movimento, com base em análises feitas nos últimos anos, entende que os
últimos seis meses foram os piores em 10 anos.

Não muda nada em relação ao andamento da reforma agrária, que, na concepção
do MST, é mais que assentar. É dar direito à terra e de permanecer nela com
dignidade.

Mas o dramático é que nem assentamentos vêm ocorrendo.

Não há, segundo Itelvina Masioli, da liderança do MST em MT, uma política
para a reforma agrária. Mas há sinais claros, evidentes, de incentivo ao
grande produtor rural, o que mantém o latifúndio.

Mato Grosso está entre os primeiros em concentração fundiária. São 8 mil
proprietários de 50 milhões de hectares, ou seja, 70% das terras
particulares do Estado estão nas mãos de grandes latifundiários. Blairo
Maggi, Eraí e Elizeu Maggi, por exemplo, possuem 370 mil hectares, conforme
foi noticiado no jornal Valor Econômico do dia 28 de agosto de 2007.

Essa situação aí é mantenedora de uma outra, que também expõe Mato Grosso: o
trabalho escravo, que ainda hoje causa espanto ao mundo. E onde são
flagrados braçais em condições subumanas? Geralmente em latifúndios,
escondidos em rincões de Mato Grosso, onde as questões custam a ter
visibilidade.

Para mudar este conjunto de coisas, os sem terra acreditam que é necessário
unir lutas camponesas às urbanas.

Neste sentido, o MST conta hoje, na vigília, com o apoio de outros
movimentos sociais, como o Comitê de Luta pelo Transporte Público (CLTP),
que tem mostrado força de mobilização em protestos de rua.

O MST REIVINDICA

1 – O assentamento de 3,5 mil famílias acampadas

2 – O fim da violência policial contra trabalhador@s

3 – Veto às reformas que retirem direitos trabalhistas

4 – E políticas públicas pela recuperação e preservação do cerrado, pantanal
e floresta amazônica

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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