O Ministério Público Federal (MPF) está investigando uma suposta tentativa de envenenamento de crianças indígenas da etnia bororo que vivem na terra de Jarudore, na região do município de Poxoréu (a 259 km de Cuiabá). Segundo informações do G1, a terra é disputada entre índios e posseiros há mais de cinquenta anos, com processo na Justiça Federal, relatos de ameaças e invasões de faixas de terras por ambas as partes.
O MPF conta que ultimamente peixes foram encontrados próximos a terra indígena. Embora, nenhuma criança tenha morrido ou comido os peixes, há relatos de que cinco cães da aldeia e alguns animais silvestres – como tatus e serpentes – morreram com suspeita de intoxicação após ter contato com os peixes envenenados.
O local tem mais de 4,7 mil hectares e tradicionalmente é habitado por índios da etnia bororo. Mas, segundo o MPF, há mais de cinquenta anos tem sido ocupada ilegalmente também por posseiros que perseguem os indígenas e são responsáveis pela situação de instabilidade crescente na área. O MPF defende que seja realizada uma operação de desintrusão.
A Funai contou que foram observadas dezenas de besouros e moscas mortas em contato com os peixes deixados na entrada da terra indígena.
A Política Federal (PF) também suspeita que o alimento envenenado foi deixado ali para atrair as crianças das aldeias e foi até a área para realizar uma perícia ainda na noite de sexta-feira.
Ainda de acordo com o G1, a suposta tentativa de envenenamento das crianças é considerada um ato hediondo e a PF já identificou alguns suspeitos de terem deixado o alimento envenenado. O procurador da República Paulo Taek afirma que caso evidencia a perseguição que vem sendo sofrida pelos bororo por parte dos invasores da terra
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