quinta-feira, 21/11/2024
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MP quer outro depoimento

O Ministério Público Federal (MPF) deverá pedir um novo depoimento do empresário Luiz Antônio Vedoin, sócio da Planam e apontado como um dos chefes da máfia das ambulâncias. Em reportagem publicada nesta semana pela revista Veja, ele acusou o senador Antero Paes de Barros de negociar uma emenda de R$ 400 mil em troca de propina.

“Durante seus depoimentos ao MPF e à Justiça Federal, ele (Luiz Antônio) foi questionado a respeito da participação dos parlamentares. Naquele momento, porém, não houve nenhuma declaração sobre outro senador além daqueles já conhecidos”, relatou o procurador da República, Mário Lúcio Avelar, que conduz as investigações.

De acordo com a agência Folha Press, a CPI dos Sanguessugas também deverá convocar o empresário para que ele explique o que disse à revista. O assunto seria tratado hoje, durante a reunião interna da Mesa Diretora da comissão.

DELAÇÃO – Luiz Antônio falou ao MPF e à Justiça Federal após um acordo de delação premiada (ver matéria). Na prática, isso significa que ele já deveria ter relatado tudo o que sabe sobre o envolvimento de parlamentares com o esquema de fraudes. Para Avelar, no entanto, a entrevista ainda não coloca o acordo em risco.

“Antes de qualquer posicionamento, teremos que ouvi-lo novamente. É preciso comprovar se essa informação que ele trouxe é verdadeira”, argumentou o procurador, que ainda ontem recebeu um ofício, assinado pelo senador Antero, em uma tentativa de convencê-lo a pedir a prisão preventiva do empresário (ver matéria).

Na entrevista, Luiz Antônio relatou que o esquema se valia não apenas das proposições individuais dos parlamentares. No caso específico dos parlamentares de Mato Grosso, havia também as emendas de bancada. “Foi aí que entraram outros parlamentares, como o senador Antero (Paes de Barros, PSDB-MT)”, disse ele, em um trecho.

A negociação com o senador teria ficado a cargo de Darcy Vedoin, pai e sócio de Luiz Antônio. “O acordo era para a totalidade das emendas da bancada, que somavam 3,8 milhões de reais. Antero apresentou 400.000 reais e tínhamos de dar 40.000 reais de comissão”, disse.

O acordo com Antero também previa que o dinheiro da propina seria entregue diretamente ao deputado Lino Rossi (PL), à época seu companheiro de partido. “Todos ali tinham consciência do que estava sendo feito”.

O senador nega todas as acusações e ainda acusa Luiz Antônio de ter se vendido a seus adversários políticos. Rossi qualificou a versão publicada por Veja como um “delírio”.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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