quinta-feira, 21/11/2024
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MP processa políticos e empresários suspeitos de rombo de R$181 milhões

Cinco ações civis públicas por ato de improbidade administrativa foram propostas pelo Ministério Público Estadual (MPE), envolvendo políticos, servidores públicos, empresários, suspeitos de envolvimento em um suposto esquema de crimes financeiros e de lavagem de dinheiro investigados na Operação Ararath. A denúncia aponta que o grupo teria causado prejuízo ao erário em mais de R$ 181 milhões.

Entre as ações propostas, os promotores anunciaram a suposta venda de uma vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT), pagamentos feitos a duas construtoras e contra a Assembleia Legislativa (ALMT), que teria comprado diversas mercadorias, mas apesar das notas, os produtos nunca teriam sido entregues. Entre os processados está o atual governador Silval Barbosa e o senador Blairo Maggi.

A reportagem tentou entrar em contato com a assessoria dos parlamentares, mas as ligações não foram atendidas. Também não houve retorno das ligações feitas ao TCE e à ALMT.

As investigações sobre os supostos crimes iniciaram em 2013, pelo Ministério Público Federal (MPF), o que resultou em cinco fases da operação Ararath, deflagrada pela Polícia Federal.

No dia 20 de maio deste ano, quando a 5ª fase entrou em ação, o suposto esquema foi relatado por intermédio do empresário Gercio Marcelino Mendonça Filho, suspeito de ser o operador do grupo, e que recebeu delação premiada da Justiça Federal. As declarações do ex-secretário de Fazenda, Éder Moraes, que chegou a ser preso durante a operação, levou o MPE a ingressar com as ações requerendo o ressarcimento aos cofres públicos, segundo o promotor Roberto Turim.

“O MPE pede o ressarcimento de R$ 181 milhões, sendo isso o montante até agora apurado nas ações. Pedimos também as aplicações das demais sanções que englobam a lei de improbidade administrativa, como contatar como suspensão dos direitos políticos, reparação dos danos e a aplicação de multa civil”, pontuou.

Segundo as investigações, o esquema funcionava com participação de políticos do estado de Mato Grosso e com a atuação de um “banco clandestino” que gerava transações financeiras em nome de interesses variados em diversos níveis dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. "Tudo ao que compete à esfera estadual, estamos apurando", declarou o promotor Turim. Ele disse ainda que requereu o bloqueio de bens de todos os envolvidos no valor do suposto rombo ao erário

 

 

 

G1-MT

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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