O número de mortos pelos deslizamentos de terra que atingiram o noroeste da China no final de semana subiu para 337, de acordo com informações divulgadas pela agência de notícias estatal chinesa Xinhua.
A quantidade de vítimas fatais mais que dobrou nas últimas horas. No início da noite de segunda-feira (horário local, início da manhã no Brasil), o governo chinês confirmava apenas 137 mortes.
Os deslizamentos, que afetaram o condado de Zhougu, na Província de Gansu, foram causados pelas chuvas torrenciais que atingiram a região no sábado. Pelo menos 1.148 pessoas continuam desaparecidas, de acordo com a mídia estatal chinesa.
A grande quantidade de água fez com que as margens do Rio Bailong fossem destruídas e uma grande quantidade de água, lama e rochas atingisse morros e casas no domingo. Os deslizamentos de terra interromperam parte do fluxo do rio e centenas de soldados foram enviados para o local para retirar o entulho que represa as águas, em uma tentativa de evitar novas inundações.
Chuvas
Mais de 4,5 mil pessoas, entre soldados, bombeiros e médicos trabalham na assistência às vítimas e nas buscas por sobreviventes. Helicópteros e outras aeronaves foram enviados para o local. Segundo o Centro Nacional de Meteorologia da China, novas chuvas devem atingir a região do condado de Zhougu nos próximos três dias.
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, visitou a área afetada pelo desastre nesta segunda-feira e afirmou que as prioridades agora são as buscas por sobreviventes e o fornecimento de água potável às vítimas. “Atualmente, os desafios são expandir as buscas e resgates, lidar com o grande lago formado pelos deslizamentos de maneira científica, limpar a lama e retomar o fornecimento de água potável”, disse.
Mais de 1,4 mil pessoas já morreram neste ano em enchentes que afetaram o centro e sul da China. Os prejuízos já são de bilhões de dólares devido às casas destruídas e terras produtivas inundadas, segundo o correspondente da BBC em Pequim Michael Bristow.