O número de mortes no Iraque bateu novos recordes em outubro, afirmou nesta quarta-feira a Organização das Nações Unidas (ONU), acrescentando ainda que mais de dois milhões de pessoas fugiram de suas casas desde o início da invasão liderada pelos EUA no país.
A cifra de mortes de civis chegou a 3.709, ante 3.345 em setembro, de acordo com números de um relatório da ONU baseado em dados do Ministério da Saúde. Em julho, houve 3.590 mortes, um recorde então.
Bagdá é o epicentro da violência, com quase 5.000 mortos em setembro e outubro. A maior parte dos corpos mostra sinais de tortura e de tiros.
Encontro de Bush
Na semana que vem, o presidente norte-americano, George W. Bush, vai se encontrar na Jordânia com o primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki, no momento em que cresce a pressão para que os dois líderes tomem ações decisivas que impeçam que o caos desestabilize a região.
O encontro, em um local muito mais seguro que Bagdá, será realizado depois da visita do presidente iraquiano, Jalal Talabani, ao Irã, no fim de semana, e da viagem do chanceler da Síria ao Iraque.
Serão os primeiros debates entre Bush e Maliki desde que o presidente dos EUA prometeu adotar uma nova postura em relação ao Iraque, depois que seus oponentes democratas assumiram o controle do Congresso.
Os dois concordaram em fazer planos para acelerar o treinamento de forças iraquianas e a transferência da responsabilidade da segurança. Maliki afirma que os iraquianos podem assumir em seis meses, metade do tempo estimado pelos EUA.
Aliados de Bush querem que o presidente se aproxime de adversários em Teerã e Damasco para debater a situação iraquiana, mas Washington reagiu com frieza às movimentações diplomáticas regionais em que a Síria restaurou relações plenas com o Iraque e Talabani anunciou a viagem ao Irã.
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