quinta-feira, 07/11/2024
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Mortalidade infantil ainda pode cair no Brasil, mas meta fixada pela ONU já foi alcançada

 

A taxa de mortalidade infantil no país em 2011 era 16,8 óbitos por cada grupo de mil habitantes, índice 'ainda elevado e que chega a ser três vezes maior do que o verificado em Cuba', onde a taxa é cinco mortes por cada grupo de mil.

Segundo o gerente da pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2011, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cláudio Crespo, o levantamento constatou que o componente pós-neonatal prevalecia no Brasil até o fim da década 1980. A partir dessa data, começou a predominar o peso do componente neonatal (precoce e tardia), que em 2011 atingiu 68,3% do total de óbitos de menores de 1 ano.

'É evidente que o país avançou nessa questão da mortalidade infantil, o que fez com que atingisse, com dois anos de antecedência, as metas fixadas no programa Objetivos do Desenvolvimento do Milênio [compromisso universal da Organização das Nações Unidas para a erradicação da pobreza com a sustentabilidade do planeta], mas 48% das mortes infantis no país são de crianças com idade acima do prazo de seis dias', alertou.

Cláudio Crespo ressaltou que nos países mais desenvolvidos, onde a taxa de mortalidade infantil é baixa, o percentual é sempre até seis dias e, em geral, ligado a problemas congênitos. 'Então, quanto mais dias passam, mais as mortes estão ligadas a problemas sociais – o que significa que ainda há espaço para uma redução maior da taxa de mortalidade infantil no país', disse.

De acordo com a pesquisa do IBGE, à medida que o país tem avanços nas questões estruturais relacionadas às áreas de saneamento e acesso à saúde, a tendência é que os óbitos infantis se concentrem no componente neonatal precoce (óbitos de crianças até seis dias).

Os dados do IBGE indicam ainda que dos 16,8% relativos à taxa de mortalidade infantil no país em 2011, por cada grupo de mil habitantes, 51,8% envolvem crianças até seis dias de vida. 'Nos países mais desenvolvidos,a mortalidade infantil ocorre basicamente (cerca de 90%) entre as crianças até seis dias de vida – e geralmente de causas congênitas', disse Crespo.

'É por isso que eu sustento, considerando países como os Estados Unidos e Cuba – que têm taxas de mortalidade em torno de sete e de cinco mortes por cada grupo de mil habitantes nascidos vivos – que a nossa taxa ainda é elevada. Mas, por outro lado, o país cumpriu com os compromissos das Metas do Milênio'.

Edição: Graça Adjuto

Agência Brasil – 

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Parmenas Alt
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