“Os acidentes com morcegos nem sempre são valorizados pelas pessoas, que deixam de procurar o atendimento médico por julgarem irrelevante a lesão ou por desconhecerem a possibilidade de transmissão a possibilidade de transmissão do vírus rábico por qualquer morcego, inclusive os não hematófogos (vampiros)”, explicou a coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses, Moema Blatt.
Segundo dados do CCZ, neste ano foram diagnosticados dois morcegos positivos para raiva. Um, em janeiro, na região do Porto e em julho, no bairro Cohab Nova. Ambos eram da espécie que se alimenta de insetos.
Segundo Moema Blatt, apesar de não haver epidemia da doença, a população de morcegos é grande na capital. “Portanto, alertamos a população para a necessidade de contactar o CCZ quando encontrarem morcegos caídos ou mortos, pois eles podem ser portadores da raiva”, disse.
A coordenadora lembra, também, que todos devem vacinar seus cães e gatos contra a raiva. A campanha nacional será em outubro, e no CCZ há um posto permanente de vacinação que funciona todos os dias em horário comercial.
Morcegos – os morcegos são mamíferos voadores, tem hábito noturno, se alimentam de néctar, insetos, flores, frutos, roedores, peixes e sangue. Sua ocorrência nas cidades é facilitada pela grande oferta de alimentos variados e pelo número de abrigos (casas, igrejas, prédios e públicos).
Qualquer morcego pode transmitir a raiva que é uma doença fatal na ausência de tratamento apropriado. Por ajudar na reprodução de plantas e formação de florestas, os morcegos são de grande importância para a manutenção dos ecossistemas.