O agrônomo Renato Caetano diz que o fungo pode atacar o caule e as folhas, destruindo a planta inteira. “Com temperatura e umidade adequadas, ele germina e começa a infectar a planta. Então, a planta estava preparada para produzir, com os números de vagens na inserção certa e na quantidade certa. Só que o processo foi interrompido.”
Segundo o agrônomo, o controle químico da doença é difícil e deve ser bem dirigido, pois o fungo se localiza principalmente no terço inferior da planta, o chamado baixeiro. E o fungicida, muitas vezes, não consegue chegar ao local.
O agricultor Gilmar Bedin plantou 700 hectares de soja. Toda a lavoura dele está com mofo branco. “Ocorreu um clima normal esse ano. Foi um clima bom para o desenvolvimento das culturas. A gente esperava uns 55 sacos por hectares. Com o mofo branco, espera-se uma perda de cinco sacos por hectares. Isso representa uma perda de cerca de R$ 400 por hectares”, avaliou Bedin.
Segundo o agrônomo Renato Caetano, além do combate químico, o controle do mofo branco também pode ser feito com mudanças no manejo. Como o fungo é resistente e pode ficar no solo por até cinco anos, é importante apostar na rotação de culturas e no controle biológico.
G1