Zelensky classificou o ataque como ‘ato terrorista’ e pediu a criação de um tribunal especial de crimes de guerra em Haia
Mísseis russos atingiram nesta quinta-feira, 14, uma cidade na região central da Ucrânia e deixou ao menos 17 pessoas mortas, incluindo duas crianças, e dezenas de feridos, informou as autoridades ucranianas. “A cada dia, a Rússia mata civis, mata crianças ucranianas, lança mísseis contra alvos civis onde não há nada militar. O que é isto senão um ato aberto de terrorismo?”, denunciou no Telegram o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e pediu a criação de um tribunal especial de crimes de guerra em Haia.
O ataque aconteceu no momento em que começava uma reunião de ministros das Relações Exteriores e da Justiça da União Europeia (UE), além de líderes políticos, diplomatas e autoridades judiciais de todo o mundo, em Haia para abordar os supostos crimes de guerra na Ucrânia desde 24 de fevereiro. O ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, disse que a Rússia deve ser considerada responsável por suas ações na Ucrânia. Poucos dias depois do início do conflito, o Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia abriu uma investigação sobre possíveis crimes de guerra na Ucrânia e enviou dezenas de investigadores para coletar provas. O promotor Karim Khan visitou Bucha, cidade na periferia de Kiev que virou símbolo das atrocidades das forças russas após a descoberta de vários corpos nas ruas. Desde que a Rússia iniciou a ofensiva milhares de pessoas morreram e milhões foram obrigadas a fugir dos combates.
JovemPan