Os ministros do Supremo deverão definir hoje a realização de uma sessão extra por semana para agilizar o julgamento do mensalão.
Ainda não há acordo sobre quando ela deverá ocorrer, mas ganhou força a ideia de fazer o novo encontro nas manhãs das quartas-feiras.
Contra isso, porém, pesa o fato de que o CNJ se reúne de 15 em 15 dias, sempre no segundo dia da semana, o que prejudicaria a participação do presidente do STF, Carlos Ayres Britto, neste encontro.
Também às terças, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) tem sessões à noite –três ministros do Supremo participam da corte eleitoral.
Na tarde de ontem, três ministros disseram não se opor à proposta do relator do processo, Joaquim Barbosa, de realizar sessões extra.
"Concordo em termos as manhãs das quartas-feiras […]. Assim o encerraremos com um veredicto final num tempo mais curto", disse Marco Aurélio Mello.
FILA DE PROCESSOS
O revisor, Ricardo Lewadandowski, também disse não se opor. "Acho que quanto mais rápido o tribunal entrar no ritmo de normalidade melhor, porque assim poderemos julgar os processos que estão em pauta, e são muitos."
"Sou favorável a qualquer modelo que vise a agilização do julgamento", completou Luiz Fux. Ele chegou a fazer uma proposta semelhante à de Barbosa, durante reunião administrativa ocorrida há pouco mais de duas semanas, que foi negada pelos colegas.
A mudança de posição, porém, revela que os integrantes da corte já estão cansados de analisar o mesmo processo por tanto tempo e já sentem o prejuízo de deixar os outros casos "congelados".
Alguns dizem que, se não houver novas sessões, o julgamento pode se arrastar por outubro, chegando até meados de novembro, quando Ayres Britto deverá se aposentar.
Para alguns integrantes, com novos encontros o caso pode ser finalizado até a segunda semana de outubro.
Outros dois ministros também apoiam a mudança. O presidente Ayres Britto chegou a dizer anteontem estar "receptivo à ideia" de Barbosa, além de Gilmar Mendes, listado entre os que defendem a agilização do julgamento.
PODER
F de SP