O ministro da Fazenda, Guido Mantega, está em Paris, na França, para a reunião ministerial do G20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo). O principal tema em pauta é a crise econômica internacional e seus efeitos sobre os países ricos e em desenvolvimento. Esta é a última reunião antes da cúpula dos chefes de governo e de Estado do grupo, nos dias 3 e 4 em Cannes, no Sul da França. A presidenta Dilma Rousseff confirmou que irá a Cannes.
A reunião ministerial do G20 ocorre no momento em que há rumores sobre o risco de liquidez dos bancos europeus. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, defendem a necessidade urgente de recapitalização do setor bancário. Segundo eles, as medidas devem incluir planos para recapitalizar bancos europeus.
O assunto deve fazer parte das discussões da reunião ministerial que ocorrerá na sexta-feira (14) e sábado (15). A preocupação do governo brasileiro é que a crise e a desaceleração econômica dos países europeus afetem economias mais dinâmicas como a China – atualmente principal parceiro comercial do Brasil.
Na segunda-feira (10), Mantega disse que as exportações brasileiras não foram afetadas. Mas destacou que é necessário “torcer” para que a economia chinesa não tenha uma desaceleração. Segundo ele, os ministros do G20 devem discutir em Paris um possível reforço ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para ajudar a enfrentar a crise global.
Mantega tem reuniões de coordenação nesta quinta-feira, mas a agenda oficial começa apenas na sexta-feira, dia em que ele se reúne com o ministro francês da Economia, François Baroin. Também participa de jantar de trabalho com ministros da Fazenda e presidentes dos bancos centrais dos países que integram o G20.
Durante o período em que Mantega ficará no exterior, Arno Augustin, atual Secretário do Tesouro Nacional, assumirá como ministro interino da Fazenda. O decreto com a nomeação foi publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (13).
Em Bruxelas, Dilma defendeu um esforço conjunto para reagir aos impactos da crise econômica internacional. De acordo com ela, é necessário incluir entre as prioridades a busca pelo equilíbrio social e político nas regiões.
Fonte:
Agência Brasil