O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defendeu a vinculação do reajuste do salário mínimo ao desempenho da economia. Para ele, isso garantiria uma recuperação de compra de longo prazo e maior previsibilidade para o governo.
Marinho, no entanto, não definiu como seria o mecanismo de vinculação. “Pode ser um PIB cheio ou um pedaço do PIB mais alguma coisa. Isso a negociação é que vai determinar”, afirmou.
A vinculação valeria a partir de 2008 e seria revisada a cada quatro anos. A proposta não seria aplicada no reajuste do próximo ano e ainda será discutida com as centrais sindicais e com o governo.
“Se houver previsibilidade, ela (a mudança) é boa para todo mundo, como o mercado de trabalho e os setores públicos, que iriam trabalhar com uma regra preestabelecida”, afirmou.
Para ele, o aumento do salário mínimo para R$ 367, conforme a proposta do Ministério da Fazenda, está de acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, já que esse reajuste é composto pelo índice de inflação mais o Produto Interno Bruto per capita.
Marinho não quis opinar sobre os R$ 375 propostos pelo Ministério do Planejamento. Mas disse achar difícil o novo mínimo chegar a R$ 420, como querem os sindicalistas. “Nós deveremos fazer uma negociação, a exemplo do que fizemos no ano passado, com as centrais sindicais. Dessa negociação certamente sairá o novo valor”.
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Sobre a correção da tabela do IR, o ministro disse que o percentual de reajuste ainda não foi discutida com as centrais sindicais. “A negociação do IR ser feita também com as centrais sindicais, o governo ainda não fez. O reajuste de 3% é uma discussão que Planejamento e Fazenda fizeram com o Congresso Nacional”, afirmou.
As centrais pediram correção de 7,7% referentes à reposição da inflação no governo Lula. O ministro Guido Mantega (Fazenda), que havia dito que a correção da tabela do IR não era prioridade, recuou e disse que o índice pode ser de 3%, de acordo com proposta feita pelo relator do Orçamento, senador Valdir Raupp (PMDB-RO).
Redação/CorreioWeb