quinta-feira, 07/11/2024
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Ministro Neri Geller garante apoio para a construção da ferrovia MT/PA/TO

Mato Grosso ganhou um importante aliado para a implantação da ferrovia que interliga os estados de Mato Grosso, Pará, Tocantins e Maranhão (MT/PA/TO). Trata-se do ministro da Agricultura, o mato-grossense Neri Geller, que assumiu o cargo há um mês.

 

A manifestação do apoio para a construção do novo traçado ferroviário idealizado pelo deputado estadual José Riva (PSD) aconteceu durante a 6ª Dinâmica de Empreendedores e Empreendimentos, que acontece em Porto Alegre do Norte.

 

“Com toda a certeza, à frente do ministério da Agricultura, podemos ajudar nesse projeto e estamos influenciando também outros eixos de escoamento que são importantes para o país, principalmente para as regiões de produção que envolvem Mato Grosso e o sul do Pará. O deputado Riva já havia me ligado para falar sobre essa proposta de ferrovia e vamos levar ao departamento que acompanha a logística no ministério dos Transportes e também na secretaria de Portos para que se dê muita atenção”, garantiu Neri Geller.

 

O ministro revelou que tem conversado constantemente com a presidente Dilma Rousseff (PT) sobre a produção e a logística do Brasil. “Precisamos fazer interligações e essa ferrovia contribui para o desenvolvimento. Não precisa ser necessariamente o Governo Federal para fazer esse investimento, pois pode-se liberar para a iniciativa privada construir”.

 

De acordo com Riva, a ferrovia MT/PA/TO permitirá que mais de quatro milhões de hectares sejam plantados apenas em Mato Grosso. “É a forma ideal para viabilizar o Brasil. Precisamos sair dos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), que são verdadeiros gargalos no escoamento de nossa produção e ir para os portos do mar. De forma imediata, a solução é o porto de Itaqui em São Luis (MA), já em operação, representando a alavancada da região Araguaia”, afirma.

 

Durante o evento, o deputado pediu apoio da bancada federal mato-grossense para o aprimoramento da legislação que trata sobre as Parcerias Público-Privadas (PPP) no Brasil. Em Mato Grosso, as alterações no modelo já passam por discussão na Assembleia Legislativa, que aprovou em primeira votação nessa semana, projeto de autoria de Riva que as torna mais atrativa, e menos burocrática e consequentemente, mais eficientes.

 

“A legislação precisa ser reformulada. Temos investidores americanos, coreanos, japoneses, russos e árabes interessados em construir a ferrovia, mas a burocracia no país impede a agilidade para o início da implantação”, explicou o parlamentar.

 

PODER EXECUTIVO – Presente no evento, o governador Silval Barbosa (PMDB) concordou com o deputado Riva sobre as burocracias no serviço público e afirmou que se a ferrovia MT/PA/TO for construída pela iniciativa privada, será concluída em menos de um ano e meio.

 

“É uma alternativa importante para Mato Grosso, que tem a logística como principal problema. Por isso, temos que trabalhar todos os projetos possíveis de rodovia, ferrovia, hidrovia, para dar poder de competitividade aos produtores”, disse.

 

Também participante do evento, o governador de Tocantins, Sandoval Cardoso (SDD), teve a oportunidade de conhecer com mais abrangência, o projeto de ferrovia. “Precisamos melhorar a logística para facilitar o escoamento da nossa produção e a interligação entre os estados de Mato Grosso e Tocantins deve ser tratada como prioridade, pois estamos falando da ligação com o maior produtor do agronegócio do Brasil. Era um sonho de Mato Grosso e agora também é nosso”, lembrou o chefe do executivo.

 

ENCONTRO – A ferrovia MT/PA/TO foi debatida durante o fórum político sobre logística do evento, presidida pelo deputado estadual Baiano Filho (PMDB). Além do traçado, também foram discutidos o programa MT Integrado, as rodovias TO-500 e BR-242, e o potencial hidroviário da região.

 

FERROVIA – Recentemente, o projeto passou por alterações para promover a integração nacional, envolvendo as regiões centro-oeste, norte e nordeste do país.

 

O novo traçado continua partindo do município de Água Boa (MT), segue até Redenção (PA), parte para Colinas do Tocantins (TO) até chegar ao destino final, o porto de Itaqui em São Luis (MA), já em operação. E futuramente através de um ramal, ainda em projeto, que vai para Açailandia (MA)

 

Com aproximadamente mil km traçado ferroviário, será possível chegar até a ferrovia Norte-Sul, utilizando mais ou menos 490 km dela até Açailandia e mais 477 km na ferrovia Carajás (PA) para exportar a produção por um porto de mar, aumentando a capacidade de embarque em navios maiores.

 

O Tegram no porto de Itaqui em São Luis do Maranhão terá capacidade estática de armazenamento de 500 mil toneladas (base soja), compreendendo quatro armazéns com capacidade de 125 mil toneladas/cada e movimentação final de 10 milhões de toneladas/ano, na sua segunda fase, prevista para 2019.

 

O Porto movimenta atualmente 2,5 milhões de toneladas de grãos/ano. Com o Tegram e outros projetos estratégicos desenvolvidos pela Emap, a movimentação de cargas deverá dobrar até 2015, chegando a 28 milhões de toneladas. A projeção para 2030 é que Itaqui alcance a marca de 150 milhões de toneladas movimentadas/ano e que figure na lista dos 10 maiores portos do mundo. O porto de Itaqui em São Luis também está entre os maiores calados do mundo, assim como Espadarte, no nordeste paraense, que era o porto que constava no traçado anterior, juntamente com Barcarena.

 

“A inclusão de outros dois estados é importante, principalmente para mostrar ao governo federal a integração com várias regiões do país, facilitando o ingresso do projeto no Sistema Nacional de Viação”, argumenta Riva.

 

Além da integração com mais estados e regiões do país, o novo traçado também aumenta a eficiência do modal, pois reduz a distância a ser percorrida. Agora são apenas mil quilômetros, contra 1,8 mil km do projeto original.  

 

As alterações foram propostas pelo deputado federal Giovanni Queiroz (PDT/PA) em consonância com a equipe técnica do deputado Riva, que consideram maior viabilidade no projeto que já foi entregue à presidente Dilma Rousseff no mês passado, durante a abertura da colheita da safra 2013/2014, em Lucas do Rio Verde.

 

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Parmenas Alt
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