Enquanto a presidente Dilma Rousseff esteve no Rio de Janeiro neste sábado (13), os ministros de Estado viajaram para as capitais para participar da campanha nacional de combate ao Aedes aegypti. Em Rio Branco, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, defendeu a opção de aborto em caso de fetos com microcefalia.
“Não podemos obrigar uma mãe a ter um filho com microcefalia”, disse o ministro. “Acho que essa rigidez sobre o aborto tem que ser revista. Eu, pessoalmente, sou favorável a uma revisão para que a mulher possa optar por fazer ou não, mas isso é uma posição pessoal minha e não do governo federal. Não há nenhum posicionamento oficial sobre o assunto”, afirmou.
Em Campo Grande, o ministro do Esporte, George Hilton, disse que a epidemia do vírus da zika representa “risco zero para a Olimpíada”. “Toda vez que a população se engaja em ações como essa, isso nos dá tranquilidade de que, ao chegar em agosto, teremos um quadro extremamente favorável e propício para a Olimpíada”, disse Hilton. Ele ressaltou que, em agosto, é “baixa a circulação do mosquito” e que, portanto, o risco de contágio diminui. “O risco é zero e vamos ter uma Olimpíada monumental.”
Segundo o Ministério da Defesa, o Rio de Janeiro será o principal Estado a receber apoio das Forças Armadas nas ações de combate ao Aedes aegypti. A ação contará com cerca de 55 mil militares, dos quais 15 mil atuarão no Estado do Rio.
Ontem, a ação de combate ao mosquito envolveu 220 mil militares, dos quais 71 mil atuaram no Rio. Segundo o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, isso se justifica pela presença mais intensiva de militares no Estado. Ele observou ainda que a região com maior presença da zika tem sido o Nordeste, principalmente a zona da Mata e o litoral, onde, segundo ele, combinam-se um regime de chuvas altamente favorável à proliferação do mosquito, um clima quente e a abundância de água.
IG-ÚLTIMO SEGUNDO