As obras investigadas ocorreram em Vitorino Freire, no Maranhão, onde a prefeita é a irmã de Juscelino, Luanna Rezende.
O ministro das Comunicações do governo Lula, Juscelino Filho (União Brasil-MA), foi indiciado pela Polícia Federal sob suspeita de integrar uma organização criminosa, cometer lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A investigação aponta fraudes licitatórias em obras envolvendo verbas federais da Codevasf.
As obras investigadas ocorreram em Vitorino Freire, no Maranhão, onde a prefeita é a irmã de Juscelino, Luanna Rezende. Ela foi afastada do cargo em setembro, mas o ministro Luiz Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou seu retorno dias depois. Segundo a PF, essas obras foram custeadas por emendas parlamentares indicadas por Juscelino quando ele era deputado federal.
Documentos da Controladoria-Geral da União (CGU) embasam a investigação e revelam que 80% da estrada construída com as emendas beneficiou propriedades da família do ministro. O relator do inquérito no STF é Flávio Dino, último ministro indicado por Lula. A PF já enviou o relatório final do caso, que tramita em sigilo.
Juscelino foi investigado após a PF encontrar mensagens entre ele e o empresário Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo DP, sócio oculto da Construservice, empreiteira envolvida nas licitações fraudulentas. Em nota, o Ministério das Comunicações afirmou que Juscelino é “vítima de uma acusação injusta” e que sua conduta sempre foi pautada pela ética. O ministro afirmou estar disposto a prestar esclarecimentos e destacou que a execução das emendas cabe ao Executivo e aos órgãos de controle.
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