Para o ministro Reinhold Stephanes, “o jornalista brasileiro torce para o touro”. A frase jocosa foi dita em tom de bronca quando ele comentava notícias recentes em relação a suspeitas de aftosa no Rio de Janeiro e em Rondônia. Segundo o ministro, “na verdade, nem suspeita houve”. E acrescentou: “Desculpe, mas parece que o jornalista brasileiro torce para o touro”. Na opinião de Stephanes, há uma precipitação por parte de jornalistas para noticiar suspeitas da doença. Nos dois casos mencionados, segundo ele, os exames realizados deram negativo para aftosa. Conforme o ministro, quando sai uma notícia sobre suspeita de febre aftosa em território brasileiro, “em cinco minutos está num site irlandês”. Para Stephanes, “isso é um mal serviço da imprensa”. O ministro afirmou que as chances de o Brasil ter aftosa são pequenas graças aos avanços nos controles. Mas não descartou o risco, “porque temos países vizinhos que ainda têm. Mas mesmo a fronteira nós estamos cuidando muito”. Ele garantiu que hoje o Brasil tem instrumentos para tomar medidas com rapidez em caso de surgimento de um foco e eliminá-lo em poucos dias. Os últimos casos confirmados no país acabam de completar dois anos e ainda motivam barreiras em mais de 50 países.
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