O Ministério Público do Estado (MPE) defendeu que os cinco presos na segunda fase da Operação Bereré, entre eles, o deputado estadual Mauro Savi (DEM) e o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, permaneçam detidos no Centro de Custódia da Capital.
O parecer foi emitido ontem terça-feira (22), no âmbito da investigação que apura pagamento de propina e fraudes no contrato do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) com a EIG Mercados, no montante de R$ 30 milhões, entre os anos de 2010 e 2016.
O MPE entende que os pedidos das defesas de Savi, Paulo Taques, Pedro Jorge Taques e os empresários Valter José Kobori, Roque Reinheirmer e Claudemir Pereira dos Santos, representam risco à ordem pública e que com a soltura os envolvidos podem atrapalhar as investigações.
Os pedidos liminares de habeas corpus devem ser analisados pelo desembargador José Zuquim, relator do processo no Tribunal de Justiça.
Os alvos do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) foram presos no dia 9 de maio, na segunda fase da Operação Bereré, denominada Operação Bônus.
No processo, o MPE denunciou 58 pessoas, entre elas sete deputados estaduais, além do ex-governador Silval Barbosa e seu chefe de gabinete Silvio Corrêa e parentes de empresários denunciados.
Além de organização criminosa, os denunciados foram acusados de crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e fraude em licitação. Na denúncia, foram apresentados 37 fatos ocorridos entre os anos de 2009 e 2016.
Os deputados são: Mauro Savi, José Domingos Fraga, Wilson Santos, José Joaquim de Souza Filho, Ondanir Bortolini, Romoaldo Júnior e José Eduardo Botelho. Também figuram como réus o ex-deputado federal Pedro Henry; o ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, e o ex-presidente do Detran, Teodoro Moreira Lopes.
De acordo com o MPE, os fatos vieram à tona a partir de colaborações premiadas com o ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Teodoro Moreira Lopes, o “Doia”, indicação do deputado estadual Mauro Luiz Savi; e com os sócios proprietários da empresa EIG Mercados.
RepórteMT