Segundo informações da Polícia Militar, todos os funcionários foram retirados do local e o esquadrão antibombas foi acionado. No entanto, nenhum artefato explosivo foi encontrado no prédio do Ministério do Trabalho.
A ameaça, porém, foi descartada por volta das 11h29 desta quinta.
O susto acontece um dia após a maior e mais violenta manifestação contra o governo do presidente da República, Michel Temer (PMDB), que deixou ao menos 49 feridos e outras sete pessoas presas, nesta quarta-feira (24).
O protesto também culminou em dois ministérios incendiados e vários lugares depredados na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Em decorrência da manifestação violenta, o presidente da República decretou, ainda nesta quarta, a presença das Forças Armadas no local, decreto que já foi revogado na manhã desta quinta.
Manifestação
Nesta quarta, os confrontos com a polícia tiveram início por volta das 13h, quando um grupo de manifestantes tentou furar o bloqueio feito pelos agentes de segurança nas proximidades da Esplanada dos Ministérios.
Os manifestantes arremessaram paus, garrafas e usaram armas brancas, como facas. A polícia respondeu com uso de gás de pimenta e bombas de efeito moral para dispersar os agressores.
O ato desta quarta-feira foi organizado por uma série de movimentos sociais, como a Frente Brasil Popular, o movimento Povo sem Medo e a União Nacional de Estudantes (UNE). Também são responsáveis pelos protestos diversas centrais sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
A polícia empenhou 1.400 agentes no esquema de segurança montado para a manifestação, que conta ainda com 100 policiais civis.
No final da manifestação, o Ministério do Trabalho, assim como os da Cultura, Tecnologia, Integração Social, Saúde, Fazenda, Planejamento, Minas e Energia e um dos cartões postais da cidade, a Catedral, tiveram seus prédios depredados.