O deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) esteve em Brasília, no Ministério do Meio Ambiente (MMA), em audiência com o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Egon Krakhecke, para ter acesso aos dados divergentes entre o Ministério, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA) e o Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), no que diz respeito às queimadas e o desmatamento em Mato Grosso, além de outros assuntos voltados ao meio ambiente.
André Lima, do Departamento de Articulação de Ações na Amazônia, que também participou da audiência, explanou sobre as últimas intervenções do Ministério e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e esclareceu os dados divergentes do dos três órgãos citados.
Foi afirmado que houve erro inicial, no terceiro trimestre de 2007, sobre queimadas e desmatamentos em Mato Grosso, que foi confirmado no quarto trimestre do mesmo ano.
Para tanto, Maluf fará o convite através da Comissão do Meio Ambiente da Assembléia Legislativa, a qual é membro titular, para que André Lima compareça à Casa para dar maiores informações sobre o assunto.
O deputado ressaltou a importância do cadastramento e dados para o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) para a diminuição da pressão do desmatamento.
“Por mais que os dados estejam com algum tipo de erro, é notório e de conhecimento da população que os índices de queimadas e desmatamento tem aumentado de forma significativa, daí a importância do ZEE”, disse.
Outros assuntos abordados foram o critério de seleção dos municípios sob fiscalização, onde, 36 já estão inclusos em ordem prioritária, fiscalização acerca das queimadas e do desmate, e os dados quinzenais transmitidos por satélite, entre outros.
O secretário, por sua vez, citou alguns exemplos para o ZEE, como o Pantanal, onde existe a proibição de Indústria poluidora nas Bacias da região e o aumento da qualificação da produção, além do combate ao desmatamento.
Uma das observações feitas durante reunião foi a necessidade da estruturação da SEMA.
Maluf, por fim, demonstrou preocupação devido os números reais sobre o desmatamento e queimadas em Mato Grosso não terem sido divulgados de forma real e também por não haver interesse maior das autoridades competentes em convidar alguém que possa esclarecer os mesmos.
“Este é um assunto de interesse geral. “É um reflexo da falta de política ambiental. É uma questão caretente de propostas já que o reflexo do meio ambiente interfere diretamente na saúde do cidadão”, falou o deputado ao se referir sobre o ´Setembro Negro´, onde a liberação de queimadas nesse período, no ano passado, fez com que aumentassem os casos de problemas respiratórios.
