Já está em vigor em todo o país o novo salário mínimo no valor de R$ 724. Não parece muito, mas o novo mínimo vai injetar R$ 28 bilhões na economia brasileira.
Quase um quarto da população do país tem o rendimento atrelado ao salário mínimo. São 48,2 milhões de pessoas.
O novo valor é pouco mais de 6% maior do que o anterior. A ampliação do mínimo vai trazer um custo extra aos cofres públicos de R$ 250 milhões por conta de benefícios previdenciários, assistenciais e seguro-desemprego.
Quem recebe pode até achar o reajuste pequeno, mas quem tem despesas baseadas no salário mínimo, sente no bolso. A pensão que o professor de Educação Física Arthur Siqueira Jorge Neto destina a filha dele sobe mais do que o salário.
“Quando eu comecei a pagar, o salário mínimo estava em R$ 350. Já hoje, com o aumento que foi para R$ 724, mais de 100%, com certeza. E o meu ganho nesse período não chegou a 30%”, diz Arthur.
Especialistas destacam que o aumento no salário mínimo ajuda a movimentar a economia do país e inclui mais pessoas no mercado consumidor.
Mas também segundo eles, o Brasil precisaria de outras medidas para crescer mais em 2014.
“Nós temos uma economia pressionada ainda pela inflação, nós temos uma economia em que o gasto público está alto. Então, o modelo que está aí já precisa ser modificado, aprimorado, para a gente voltar a crescer 4%, 5%”, avalia o economista Roberto Vertamatti.
Dos 31 milhões de beneficiários do INSS, 20 milhões recebem um salário mínimo e terão reajuste.
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