Milhares de pessoas saíram às ruas de Los Angeles defenderam a igualdade de direitos e o casamento gay, depois da vitória de um referendo na terça-feira que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo, uma conquista que havia sido incluída na Constituição da Califórnia em maio.
“Lute contra o Ódio em 2008”, “Vão para o inferno mórmons”, “Igualdade de direitos” e “Sim podemos com Obama” foram algumas das frases gritadas pela multidão que se concentrou nas avenidas St. Vicent e St. Monica, no coração de West Hollywood, o reduto da comunidade homossexual de Los Angeles.
Um policial do condado de Los Angeles calculou em pelo menos 2 mil o número de manifestantes no início da marcha, mas o número aumentou consideravelmente durante o protesto.
“Sou vítima da H-8” (“H” em uma referência à palavra ódio em inglês), escreveu no corpo Jason Louis, um manifestante de 34 anos que casou no domingo com o companheiro.
“Agora estamos esperando para ver o que vai acontecer conosco. Decidimos nos casar dois dias antes da consulta eleitoral porque tinha o pressentimento de que iam nos tirar este direito”, disse Louis.
Muitos presentes pediram que a religião fique fora da Constituição estadual.
Com 99,5% das urnas apuradas, a Proposta 8 que pedia o voto “Sim” à emenda para proibir os casamentos gays na Califórnia tinha 52,5% dos votos, contra 47,5% do “Não”.
A votação elimina a decisão de maio da Suprema Corte da Califórnia de permitir os casamentos gays e inclui uma emenda na Constituição que considera válidos “apenas o matrimônio entre um homem e uma mulher”, deixando no limbo 18 mil casais homossexuais já casados.