Homens, mulheres e crianças, que viajaram a pé de todos os cantos do país, lotam os bairros xiitas da capital. Alguns deles exibem bandeiras iraquianas, outros carregam estandartes verdes e amarelos. Os soldados iraquianos oferem água aos peregrinos.
“Estamos surpresos com o grande número de peregrinos que chegaram já esta manhã. Não esperávamos ver tantos, acredito que este ano teremos milhões de fiéis no domingo”, declarou à AFP o general Jabar Memjhed, um dos coordenadores da segurança na capital.
Os fiéis celebram o aniversário da morte do imã Musa al-Kazim, o sétimo dos 12 imãs do xiismo, que foi perseguido e morreu na prisão em Bagdá no ano 799.
No domingo, centenas de milhares de pessoas devem visitar o mausoléu de Kazimiyah, na zona oeste de Bagdá.
As autoridades elaboraram um plano de segurança muito rígido para evitar a repetição da tragédia do ano passado. No dia 31 de agosto de 2005, 965 peregrinos que participavam na cerimônia morreram afogados, asfixiados ou pisoteados e outros 815 ficaram feridos em uma avalanche humana na ponte Al-Aimah de Bagdá, que dá acesso ao mausoléu.
“Vamos ser responsáveis pela segurança dos peregrinos desde sua chegada a Bagdá até o final da celebração. Algumas ruas foram fechadas. Postos de controle foram instalados a cada 100 metros. Pedimos aos fiéis que não acreditem em boatos”, acrescentou o general Jabbar Memjhed.
A correria do ano passado foi provocada por um rumor sobre a existência de terroristas entre a multidão para cometer um atentado suicida.
As autoridades iraquianas proibiram o fluxo de carros no centro de Bagdá entre a noite de sexta-feira e a tarde de domingo.