“Nós vamos para a mesa de negociação buscar alternativas aos pontos que a Volks propõe… o que fazer para reverter demissões. Se não chegarmos a um acordo, vamos discutir formas de luta”, disse por telefone o presidente do sindicato, José Lopez Feijó, após assembléia com metalúrgicos da montadora.
Na segunda-feira, a Volks advertiu que, caso não avance nas negociações até o fim da semana, divulgará uma lista com 1.800 nomes de funcionários que serão afastados sem os incentivos do plano de reestruturação, que estipula a redução de 3.600 vagas nos próximos anos.
Além das demissões, a montadora ameaçou fechar a fábrica da Anchieta, em São Bernardo do Campo, sua primeira unidade no Brasil. Isso aconteceria, conforme a Volks, devido à falta de investimentos na unidade que fica à beira da Rodovia Anchieta, que estão vinculados ao sucesso do plano de recuperação.
O fechamento da fábrica, uma das cinco da Volks no país, levaria ao desligamento de mais 2.500 funcionários, além dos 3.600 previstos no plano, conforme nota divulgada na véspera pela montadora. Além das demissões, o plano inclui redução de benefícios.
Segundo Feijó, os metalúrgicos de São Bernardo não vão aceitar as condições colocadas pela Volks e não se enquadram em acordos fechados com outras unidades. Ao longo da semana, pretendem discutir alternativas como aumento da produtividade e da eficiência para reverter as demissões.
“Se tivermos que cair, vamos cair de pé”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.