No Ano Internacional do Saneamento Básico, estipulado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o mundo ainda registra dados assustadores. No Brasil, a falta de rede geral de esgoto atinge 53% da população. É o que aponta o estudo “Trata Brasil: Saneamento, Educação, Trabalho e Turismo”, do pesquisador Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 2,6 bilhões – o equivalente à metade da população dos países em desenvolvimento – vivem em locais sem condições básicas de saneamento.
A entidade, que revelou esses dados no Dia Mundial da Água, 22 de março, mostrou ainda que mais de 1,6 milhão de pessoas, 90% delas menores de 5 anos, morrem anualmente vítimas de problemas relacionados à falta de água adequada.
E água contaminada é sinônimo de doenças. Entre as mais comuns estão: cólera, febre tifóide, malária e dengue. “No mundo são mais de 15 milhões de mortes decorrentes de doenças infecciosas. Se tivéssemos boas condições de saneamento e fornecimento de água aceitável, reduziríamos o número de doenças para dois milhões”, declarou David Heyman, subdiretor- geral da OMS para doenças transmissíveis.