A conturbada saída de Ronaldinho do Grêmio, no final de 2000, ainda não foi esquecida por boa parte dos torcedores. Aproveitando-se de uma lacuna na Lei Pelé, ele deixou o clube gaúcho e se transferiu para o Paris Saint-Germain, da França, onde iniciou seu reinado no futebol europeu.
Agora no Barcelona, o jogador tem a oportunidade de conseguir o perdão definitivo dos gremistas. O talento e a boa fase que vive o camisa 10 da equipe espanhola são as principais esperanças daqueles que torcem contra o Internacional no Mundial de Clubes.
“Mesmo que o profissionalismo selvagem diga o contrário, para o torcedor, a camisa é sempre maior do que o jogador. Espero que o Ronaldinho repita o que fez em alguns Gre-Nais”, afirma Humberto Gessinger, vocalista do Engenheiros do Hawaii e tricolor. “Prefiro que o Grêmio seja o único campeão mundial do Rio Grande do Sul”, completa.
Já Gustavo Antunes Uchoa, membro da organizada Geral do Grêmio, confia plenamente no meia-atacante, embora ainda guarde mágoas relacionadas à sua saída do Olímpico. “Não foi legal o jeito como ele foi para a Europa, mas agora isso é secundário. Ele é um craque e vai destruir o Inter de novo”, avisa.
Na mente do torcedor, estão gravadas algumas imagens das finais do Campeonato Gaúcho de 1999. Ronaldinho, então com 19 anos, teve atuação espetacular e participação decisiva no triunfo da equipe tricolor sobre o rival colorado, com direito a chapéu e elástico em Dunga, 35 anos à época, hoje técnico da Seleção Brasileira.