A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou com o seu principal índice na máxima histórica de pontuação nesta segunda-feira
Dentre as 56 ações que compõem o Ibovespa, apenas quatro fecharam em queda.
Em um dia fraco de notícias no cenário local, o mercado brasileiro foi impulsionado pelo clima otimista dos pregões americanos e pelo fluxo positivo de capital externo.
Nem a semana rica em eventos econômicos conteve o ânimo dos investidores nesta sessão.
O Ibovespa terminou com alta de 3,21%, aos 42.
654 pontos – renovando o recorde registrado no último dia 23 de novembro, quando encerrou aos 42.
069 pontos.
A alta de hoje só é superada pelo avanço verificado no dia 4 de outubro deste ano, quando subiu 3,6%.
Ao longo do dia, o principal indicador do segmento acionário doméstico oscilou da mínima de 41.
271 pontos à máxima de 42.
659 pontos.
O volume financeiro alcançou R$ 2,6 bilhões.
O mercado brasileiro acompanhou as bolsas americanas, disse o gerente de renda variável da corretora Concórdia, Romeu Vidali.
O pregão local, inclusive, ampliou o bom humor registrado em Wall Street, onde o indicador Dow Jones subia 0,69%.
O Nasdaq Composite avançava 1,45% e o S & P 500 valorizava-se 0,82%.
Notícias de fusão no setor bancário davam o tom positivo em Nova York, apesar do impacto negativo gerado pela queda das ações Pfizer, após o cancelamento da pesquisa de um medicamento.
Na opinião do gestor de de uma administradora de recursos, o avanço do Ibovespa também está bastante atrelado a fluxo de estrangeiros nas operações locais.
“As corretoras que mais compram ações na bolsa sao as estrangeiras ou especializadas em investidores externos”, notou.
Para ele, o bom humor em Wall Street, inclusive, vai além do impacto de notícias sobre fusões, com o aumento do apetite por mercado acionário sustentando os ganhos em NY.
“Fluxo para risco”, resumiu o especialista.
No âmbito corporativo, o avanço das ações da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) ajudaram a fortalecer o movimento de alta, tendo em vista a expressiva participação dos papéis da mineradora na composição do Ibovespa.
As preferenciais de classe A, com uma fatia de 11,058%, valorizaram-se 5,02%, a R$ 52,25.
As ações ordinárias, com uma parcela de 2,517%, ganharam 4,92%, a R$ 62,59.
O anúncio de recorde mensal de produção em novembro na mina de Carajás ajudou, uma vez que, segundo análise da corretora SLW, “reforça cenário de aquecimento do setor”.
As ações da Telemar também mostraram ganhos expressivos, influenciadas pela decisão da Justiça do Rio de Janeiro de revogar a suspensão para que a terceira assembléia para a votação do plano de reestruturação societária da companhia aconteça.
A decisão seguiu o parecer da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em que a autarquia reiterou sua avaliação, dizendo os detentores de ações PN e ON poderiam votar com suas ações PN.
Os papéis ON subiram 4,25%, a R$ 74,00.
As preferenciais avançaram 3,78%, a R$ 32,59.
As ações PNA da Telemar Norte Leste aumentaram 6,31%, a R$ 52,00 – o segundo maior incremento do Ibovespa.
