No documento, foi mantida a projeção de que a taxa Selic deve terminar o ano em 11,25%, nível idêntico ao atual. O mercado também acredita que o BC vai retomar os cortes da taxa em 2008. Sem determinar quando devem ocorrer as reduções, o relatório sinaliza que a Selic deve encerrar o próximo ano em 10,25% ao ano, o que indica redução de um ponto porcentual no decorrer de 2008. Analistas afirmam que o mais provável é que o Copom opte por quatro cortes de 0,25 ponto.
A aposta na manutenção da Selic em 11,25% é unânime e está expressa nos relatórios de bancos. Os 52 analistas do mercado consultados pela AE-Projeções prevêem que o Copom vai manter a taxa inalterada. As expectativas se concentram em eventuais sinais que as autoridades monetárias poderão dar sobre quando os juros novamente serão alterados.
Para a equipe de economistas do ABN Amro, chefiada por Alexandre Schwartsman, a pausa será prolongada. “Esperamos um maior crescimento do hiato positivo no primeiro semestre de 2008 e somos céticos quanto à possibilidade de mais depreciação cambial.”
Os estrategistas do UBS têm a mesma expectativa. “É aconselhável que o Copom não faça reduções significativas na Selic até que surjam sinais de que o ritmo de crescimento da demanda vai se alinhar com o crescimento do potencial de produção”. Segundo eles, quaisquer sinais de moderação no consumo somente poderão começar a aparecer no primeiro semestre de 2008. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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