No Twitter, o advogado chegou a afirmar que “a maioria dos evangélicos é composta de pessoas ruins”
Wilson Ramos Filho, advogado e integrante do Conselhão, instituído pelo presidente Lula com o intuito de assessorar programas sociais, tem sido notável por suas postagens nas redes sociais atacando a comunidade evangélica.
Ele postulou que “a maioria dos evangélicos é composta de pessoas ruins”, em uma de suas publicações. Em um post datado de 20 de maio no Twitter, Ramos Filho criticou os evangélicos com palavras duras: “Esses sujeitos estimulam as pessoas decentes a ficarem cada vez mais crentofóbicas. Apenas pessoas intrinsicamente más ainda os apoiam. Não são todos, mas a maioria dos evangélicos é composta de pessoas ruins.”
No dia anterior, enquanto discutia a cassação de Deltan Dallagnol (Podemos-PR), o advogado alegou que o Deus da Igreja Batista é “o mais fraquinho” dentre todos, ao permitir a perda do mandato do parlamentar evangélico.
Em resposta a estas e outras declarações, a Frente Parlamentar Evangélica (FPE) publicou uma nota de repúdio contra Ramos Filho. O grupo, que inclui senadores e deputados federais, acredita que o advogado esteja cometendo um crime.
O grupo argumenta: “A Lei nº 7.716 de 1989 pune crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem nacional. Esta lei, portanto, especifica uma série de comportamentos que caracterizam crimes de intolerância, inclusive religiosa.” A nota menciona ainda o crime de injúria, assim como a ofensa feita a alguém por causa de sua fé, ambos previstos nos artigos 140 e 208 do Código Penal.
A FPE declarou em sua nota de repúdio: “Considerando o que a lei determina, esta Frente Parlamentar se empenhará totalmente na defesa de milhões de brasileiros que são constantemente agredidos em seus direitos apenas por professarem a sua fé.”