Desde o início do ano a Prefeitura de Cuiabá vem reduzindo os já baixos salários dos médicos das unidades de urgência e emergência de Cuiabá: Pronto Socorro, UPA e Policlínicas através do não pagamento sistemático de horas extras devidamente trabalhadas.
Mais uma vez essa gestão não cumpre com os acordos firmados e tenta enganar a população com falsas informações pois, além de não pagar o que nos deve, envia para a Câmara dos Vereadores um Projeto de Lei que aumenta a carga horária dos médicos de 20 para 24 h semanais para não pagar as horas extras, além de não discutir com a categoria e não pagar o que nos deve, a Prefeitura propõe um aumento de 20% o que resultará em PERDA SALARIAL pelas horas extras trabalhadas.
“Estamos lutando para que os médicos recebam o que lhe és devido, visto que muitos profissionais cumprem mais que sua carga horária de 20 horas semanais dando atendimento a população que precisa nas policlínicas e no Pronto-socorro de Cuiabá, fazendo juz a no mínimo 16 horas extras por mês”, comenta Eliana Siqueira, presidente do Sindicato dos Médicos (Sindimed).
A Prefeitura através de documento enviado pela Procuradoria do Município, já reconheceu que deve horas extras aos médicos, mas continua sem apresentar um calendário para o pagamento, criando uma situação insustentável, mesmo assim, na última assembleia realizada pela categoria no dia 21 de dezembro com indicativo de greve, eles decidiram que não iriam parar nos dias neste final de ano em atenção à população que está sofrendo demasiadamente pelas péssimas condições de saúde que a Prefeitura oferece, mas que nesta época fica ainda mais exposta à muitos acidentes: -"continuaremos atendendo, fazendo todo o possível para salvar vidas apesar da falta de tudo: equipamentos, medicamentos, exames e até salários".
Além disso, manifestam o apoio aos trabalhadores da Enfermagem que se colocaram em luta contra as péssimas condições de trabalho oferecidas, pelo número insuficiente de profissionais para cuidar de cada vez mais pacientes nos corredores do PS, na salas vermelhas superlotadas, pelos baixíssimos salários que a categoria amarga e por várias promessas não cumpridas como aumentos pactuados desde a última greve e a aprovação do PCCV pois, juntamente com os médicos são as únicas categorias que não conseguiram aumento salarial neste ano.
A sessão extraordinária da Câmara também tem o propósito de aprovar um Projeto de Revisão da Planta da cidade que pode aumentar o IPTU em a 30% e a categoria engrossa o coro dos representantes do comércio considerando inaceitável qualquer aumento de tributos para o trabalhador que já está pagando o "pacto" em todas as medidas de enfrentamento da "crise", explica Eliana.
Além do Protesto na Câmara, as policlínicas, UPA e HPSMC atenderão somente os casos de urgência e emergência – VERMELHOS E AMARELOS, as demais unidades de saúde que realizam atendimento ambulatorial – não urgentes, paralisarão suas atividades durante 24 h a começar das 7 h do dia 29 e terminando às 7:00 h do dia 30/12.