Adiar consultas com o ginecologista pode atrasar diagnósticos e início de um possível tratamento
Há mais de um ano o mundo sofre com os graves efeitos da Covid-19. Além dos impactos na saúde e na economia, as pessoas estão tendo que lidar com os desafios da nova rotina gerada pelo isolamento social. Neste cenário, muitas mulheres acabaram acumulando um número ainda maior de funções e negligenciando sua própria saúde. O alerta é da patologista e pediatra Natasha Slhessarenko, credenciada ao Mato Grosso Saúde pela Clínica Vida.
“Apesar do cuidado com a saúde ser fundamental, com tantas atividades, muitas mulheres estão deixando a rotina médica de lado. Então, é importante lembrar que a ida ao ginecologista deve ser realizada anualmente para os exames preventivos e também exames de sangue de rotina”, explica.
De acordo com a Dra. Natasha Slhessareko, são esses exames de rotina que detectam condições como anemia e falta de minerais de suma importância para o sistema imunológico, a exemplo do zinco e da vitamina D. Essas deficiências comprometem diretamente a imunidade, que precisa ter atenção redobrada em tempos de coronavírus.
Além disso, adiar consultas com o ginecologista pode retardar diagnósticos e deixar para depois o início de um possível tratamento. De acordo com os protocolos, o ideal é que exames como o preventivo, ultrassonografia mamária, abdômen total e transvaginal sejam feitos anualmente.
“Também é fundamental para a saúde da mulher fazer, a partir dos 50 anos, o exame de densitometria óssea, pois ocorre perda de massa dos ossos com a menopausa e há maior risco de ocorrência da osteoporose”, informa.
A telemedicina, ofertada por vários médicos credenciados ao Mato Grosso Saúde, é uma alternativa para as mulheres manterem os cuidados com a saúde, mesmo em meio à correria diária e ainda em isolamento social. Por meio da tecnologia, é possível agendar consultas, receber atendimento e marcar exames.
Estatística
Um relatório publicado pela Organização das Nações Unidas Mulheres – entidade internacional voltada à defesa de igualdade de gênero – destacou que elas, além de estarem mais expostas ao vírus por representarem 70% dos profissionais da área de saúde no mundo, estão sendo mais sobrecarregadas com tarefas domésticas e cuidados com outros membros da família.
Segundo uma pesquisa realizada por Gênero e Número e SOF (Sempreviva Organização Feminista), 50% das mulheres brasileiras passaram a realizar atividades de cuidado de uma criança ou de um idoso, durante a pandemia.