Secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde foi uma das interrogadas na CPI da Covid-19 em 2021
Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, apresentou queixa-crime no Supremo Tribunal Federal contra a cúpula da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, que ocorreu em 2021. Mayra alega que o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e o relator, Renan Calheiros (MDB-AL) quebraram seu sigilo funcional ao divulgar o conteúdo de um e-mail no qual ela sugeria a autoridades de Portugal a adoção do ‘tratamento precoce’ contra a Covid-19, um coquetel de medicamentos sem eficácia comprovada. Pinheiro também acusa os senadores de terem cometido violência psicológica contra ela, uma mulher, ao interrogá-la.
Em petição apresentada no último dia 7 de janeiro, os advogados da secretária dizem que os senadores tentaram destruir a reputação de Mayra, e negam que ela tenha agido de qualquer forma contrária ao que o cargo público exige. Para os defensores, a intenção dos senadores foi de contrangê-la no depoimento prestado em 17 de maio de 2021 para tentar destruir a reputação de Pinheiro como médica perante a sociedade brasileira. Calheiros pediu o indiciamento de Pinheiro no relatório final da CPI ao lado de outras 77 pessoas, por crime contra a humanidade ao participar na prescrição do tratamento precoce – ela chegou a receber o apelido de ‘Capitã Cloroquina‘ pela insistência no remédio. A Jovem Pan entrou em contato com os senadores, mas não houve posicionamento quanto à queixa até a publicação desta reportagem.
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