Sinop, a 503 quilômetros ao norte de Cuiabá, tem a primeira indústria de pasteurização e empacotamento de leite. A miniusina, inaugurada na última terça-feira, é administrada por 15 membros da Associação Comunitária Rural Selene e já produz 1,8 mil litros de leite por dia.
O presidente da Associação, Pedro Ferri, explica que 1,5 mil litros são entregues diariamente aos mercados da cidade. Os 300 litros restantes são vendidos in natura para uma empresa de Lucas do Rio Verde (360 quilômetros ao médio norte de Cuiabá). A intenção é que em 40 dias a produção alcance 2 mil litros ao dia. A capacidade da miniusina é para produzir 4 mil litros diariamente, mas não há matéria-prima para isso.
Na prática, o Leite Selene começou a ser distribuído no mercado há 20 dias. Para conseguir a liberação de produção o laticínio teve que se adequar às normas legais, como a criação de um programa ambiental para liberação de resíduos das máquinas e adequação às normas de higiene. “Agora temos licença para vender o nosso leite em todo o Estado”, acrescenta Ferri.
Como existe restrição à venda de leite in natura, a Associação comprou máquinas pasteurizadoras que elevam a temperatura do leite a 75 graus centígrados (°C) e imediatamente reduzem a temperatura a 5°C. O choque térmico serve para eliminar bactérias. Em seguida, o leite é embalado e fica pronto para ser comercializado.
O investimento na implantação da indústria é da ordem de R$ 244 mil. Diretamente, o Leite Selene gera três empregos para funcionários que trabalham na industrialização e indiretamente são gerados outros dois empregos, ocupados por entregadores terceirizados.
A Associação foi fundada em 2000, já com a intenção de criar a indústria de leite.
DC