quinta-feira, 21/11/2024
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Mato Grosso não consegue empréstimo para resolver problemas das estradas

As últimas notícias sobre o governo Pedro Taques e sua nova forma de pagar os fornecedores do estado chegou ao Banco Banco Central do Brasil, e o resultado foi drástico: O Tesouro Nacional se nega a fazer qualquer empréstimo ao estado, devido a  fama de 'caloteiro' que ecoou país afora nas últimas semanas, especialmente por conta do projeto 'Bom Pagador', tido como inconstitucional.


A notícia poderia ser outra, já que existe pelo menos R$ 700 milhões disponíveis em Brasília para obras de Infraestrutura, inclusive com o parecer favorável da Procuradoria Geral do STN, que por sua vez não quer avalizar o empréstimo por conta das informações de que o governo Pedro Taques tem dificultado o pagamento de dívidas, sobretudo estornando créditos que foram feitos em gestões anteriores, entre os quais estão os repasses constitucionais às prefeituras.


O estorno realizado no início do governo através do Secretário de fazenda, Paulo Bustrolin, sob a anuência do novo governador, além da suspensão de todos os pagamentos por 90 dias, não deixou boa impressão nos órgãos financeiros nacionais, situação admitida pelo próprio secretário de Fazenda. “Diante da situação do Tesouro Estadual, o ministro Joaquim Levy não quer assinar o aval”, disse, referindo-se a falta de confiança que Mato Grosso adquiriu nesses três últimos meses de gestão.


Isso porque a falta de critério em pagar apenas alguns fornecedores, bem como a tentativa inglória de impedir os repasses do Fethab para os municípios, somada ao calote nos fornecedores que o governo fez através do decreto 02/15, deixou a situação de Mato Grosso bastante complicada, na avaliação do Ministério.


“Está difícil obter novos empréstimos. Portanto, a nossa principal saída para recuperar a liquidez do Tesouro será conseguir os R$ 300 milhões do FEX (Auxílio Financeiro para Fomento às Exportações)”, disse o secretário de fazenda.


De acordo com Brustolin, as finanças do estado teria que ter no mínimo R$ 200 milhões em caixa para trabalhar com segurança. “A liquidez ideal seria de R$ 500 milhões. E nós recebemos o governo com apenas R$ 84 mil na Conta Única. Está muito difícil trabalhar assim”, disse o Secretário.


Na verdade os argumentos do governo não convenceram, até porque foi enviado o balanço oficial do estado no último dia 02 para o TCE, onde mostra um saldo de R$ 1,4 bi, ou seja, com mais de 1 bilhão em caixa. O saldo surpreendeu os deputados estaduais, que chegaram a questionar o governo porque havendo tanto dinheiro em caixa ele se negava a pagar os fornecedores.


A proposta do governo é saldar os contratos em até 48 vezes, ou seja, até o fim do mandato de Pedro Taques, e mesmo assim se os fornecedores aceitarem levar um ‘tombo’ de até 50%, a notícia ecoou país afora de maneira negativa.


Sem crédito junto ao governo federal, a situação do estado tende a se agravar à medida que o governo Taques avança, ou pelo menos enquanto mantiver a política do calote vigorando no estado.

A questão fica mais complicada junto aos bancos internacionais, uma vez que quando nem dentro do próprio país o estado consegue contraír empréstimos por falta de confiança, fica praticamente impossível contrair créditos junto a instituições internacionais.


Uma viagem internacional do governador e sua comitiva está marcada para o próximo mês, quando Taques tentará convencer os Estados Unidos que Mato Grosso é um estado 'bom pagador'.

 

 

 

 

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Parmenas Alt
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